Chile quer avançar com vinho, salmão e mexilhões

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Mexilhões e salmão, vinhos, azeite de oliva e de sementes de uva, carnes suínas e de aves são alguns dos produtos com os quais o Chile espera aumentar sua presença nas lojas e prateleiras dos supermercados brasileiros - e, consequentemente, ampliar suas exportações ao país.

Com um estande de cem metros quadrados, o Chile participou pela primeira vez da feira da Apas com a representação de sete empresas de diferentes segmentos, na expectativa de bons negócios. "O mercado brasileiro possui uma grande importância para o Chile, não apenas no desenvolvimento de novos negócios, mas também na promoção turística e na atração de novos investimentos produtivos para o país", diz Oscar Páez Gamboa, diretor do ProChile no Brasil. "Com a participação na Apas 2013, buscamos estreitar relações comerciais entre empresários chilenos e brasileiros, e tornar as bebidas e alimentos chilenos cada vez mais reconhecidos por sua qualidade".

Segundo ele, o Chile está entre os dez principais países provedores de bens ao Brasil, com um faturamento de US$ 4,6 bilhões, a maior parte proveniente da venda de cobre. A intenção, agora, é aumentar a comercialização de produtos não tradicionais da sua pauta de exportação. De 2011 para 2012, assinala Gamboa, houve um crescimento nas vendas para o mercado brasileiro de alimentos agropecuários, produtos do mar e vinhos chilenos.

"Há grandes oportunidades dessa tendência se manter durante 2013. A estratégia é obter um volume de receita de US$ 1,2 milhão este ano, com as exportações de produtos diferentes do que vendíamos até agora", diz.

O vinho chileno já é um dos principais produtos exportados para o Brasil, mas a ideia é chegar com mais força na cadeia de varejo. Viña La Rosa, Bodegas y Viñedos De Aguirre e Casa Donoso são algumas das marcas presentes à feira. Pertencente à família Danoso, Casa Danoso Winery é uma empresa de médio porte com campos de videira de até 80 anos, plantadas no Valle Del Maule, a maior região vinícola do Chile. No ano passado, as exportações para o Brasil somaram US$ 800 mil, informa Carolina Aguayo, gerente do escritório brasileiro.

A meta para este ano é atingir uma receita em torno de US$ 1 milhão. Foram vendidas nove mil caixas de vinhos variados Cabernet Franc, Malbec e Cabernet, e a previsão é vender mais 12 mil caixas este ano, a preços que variam de R$ 40,00 a R$ 280,00. "O objetivo é criar parcerias com importadores regionais no Brasil", diz ela.

Outro produto que também ganhará mais força comercial é o azeite de semente de uva da Natural Oils, lançado há pouco mais de um ano. "É um azeite com um paladar mais forte que realça de maneira excepcional os sabores, para que toda comida seja um prazer para os sentidos", diz Eduardo Araos Almendras, gerente de negócios da empresa chilena Valles de Chile, como é denominado o produto, é rico em vitamina E e contém Omega-6, o que destaca sua excelência e paladar, indica o executivo. A apresentação na feira é o seu lançamento no Brasil e a Natural Oils está prospectando o mercado para fechar parcerias com distribuidores locais.

Além das sete empresas fabricantes de vinhos, azeites e produtos agropecuários, a ProChile apresentou ainda uma entidade empresarial que congrega produtores de mexilhões (Associação de Produtores de Mexilhões do Chile-AmiChile), que lançou no Brasil a marca setorial do mexilhão chileno Patagonia Mussel. Trata-se de um mexilhão 100% natural e de alta qualidade, informa Marcele Mielles, chefe da área de exportação da AmiChile.

"Esse mexilhão premium é recomendado por grandes chefs internacionais devido ao sabor, cor, textura e tamanho, permitindo uma grande variedade de preparações, quente, frio, como aperitivo, sopa ou prato principal", afirma ela.

A AmiChile reúne perto de 200 produtores e já comercializou o produto em algumas capitais do Nordeste brasileiro, como Recife e Natal. O faturamento da associação no ano passado foi de US$ 3,2 milhões, entre o mercado interno e as exportações, de acordo com Marcele Mielles.



Veículo: Valor Econômico


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