Disputa pelo tempo do consumidor marca fase atual

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A nova geração de consoles de videogame, composta pelo Wii U, da Nintendo (lançado no fim de 2012), o PlayStation 4, da Sony, e o Xbox One, da Microsoft, vai enfrentar um cenário mais competitivo que seus antecessores. Diferentemente do que ocorreu há oito anos, quando os consoles da atual geração (Wii, PlayStation 3 e Xbox 360) chegaram ao mercado, a disputa passou a incluir outras categorias de aparelhos.

Agora, companhias como Apple e Samsung, que fazem celulares e tablets, estão no páreo. Nenhuma delas manifestou intenção de passar a fabricar videogames, mas elas não precisam disso. Esses dispositivos portáteis, que passam boa parte do dia no bolso - ou na bolsa - de milhões de pessoas ao redor do mundo, tornaram-se um ingrediente importante para o mercado de jogos. Para se ter uma ideia, os jogos compõem metade da lista dos aplicativos mais baixados na loja on-line da Apple, que na semana passada atingiu a marca de 50 bilhões de downloads desde seu lançamento, em 2008.

Especialistas e executivos do setor amenizam a concorrência entre os consoles e os dispositivos móveis, ao argumentar que esses últimos não chegam a ser concorrentes diretos. Na opinião deles, celulares e tablets funcionam mais como uma porta de entrada para o entretenimento digital.

Há, de fato, diferenças entre os jogos disputados nessas plataformas. Joguinhos mais simples como "Angry Birds" e "Where´s My Water", que fazem sucesso nos celulares, não são os produtos que os aficionados fazem fila para comprar e jogar nos consoles. Mesmo assim, observam analistas do mercado, eles fazem concorrência aos jogos mais sofisticados ao manter o usuário ocupado. A disputa é pelo tempo do consumidor.

O que perdem em qualidade gráfica e sofisticação, os jogos para dispositivos móveis ganham em praticidade. No smartphone ou no tablet é possível jogar no caminho para casa depois do trabalho, ou no consultório do dentista, o que acaba atraindo o consumidor.

Serviços de música e vídeo pela internet, redes sociais e agregadores de notícias, que sequer existiam na primeira metade dos anos 2000, hoje também disputam a atenção dos consumidores. É outro complicador.

Os fabricantes de consoles estão atentos a essas mudanças com a integração de recursos de redes sociais e outras novidades aos novos produtos. Mas com as rápidas mudanças no mundo da tecnologia, é difícil dizer qual abordagem será bem-sucedida.



Veículo: Valor Econômico


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