A Mundial S/A, de alicates e tesouras, entra no mercado de cosméticos.
Depois da compra da marca de esmaltes Impala, em 2008, a companhia abandona cada vez mais a metalurgia, origem da empresa, fundada em 1896, para se concentrar em consumo pessoal, diz o presidente Michael Ceitlin.
Na contramão dos esmaltes, cuja exportação vem crescendo, os novos produtos de beleza serão todos importados. Hoje 5% dos artigos com a marca própria para mãos e unhas vão para Argentina, Uruguai, EUA e alguns países europeus, como Portugal.
"O Brasil está ficando pouco competitivo nessa área", afirma Ceitlin.
Três grandes marcas concentram a distribuição porta a porta ou em franquias. Apenas 15% são vendidos em farmácias e perfumarias.
"Percebemos uma oportunidade de tentar redesenhar esse mercado com uma linha que não é premium', de preços muito elevados, mas que também não é popular", diz.
São 114 produtos distintos, para olhos, boca e face. "Se os volumes justificarem a nacionalização da produção, poderemos montar linhas para fazermos aqui."
Veículo: Folha de S.Paulo