Feijão segue como vilão da cesta básica no Grande ABC

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O consumidor do Grande ABC ainda vai encontrar preços altos no supermercado durante este mês. Segundo a pesquisa mensal realizada pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), em maio, o feijão-carioca chegou às gôndolas dos varejistas 8,19% mais caro do que em abril. O produto, portanto, segue como o vilão da cesta básica, custando, em média, R$ 5,71 o pacote de um quilo.
Em comparação com a primeira semana do ano, a alta foi de 45,3%. Sendo que, em janeiro, o saco do feijão custava, em média, R$ 4,10 e, na última semana de maio, era vendido por R$ 5,96.


Segundo o economista  Sandro Maskio, o feijão sofre um período de entressafra nas plantações, o que o deixa com preços mais salgados. “É uma variação típica para produtos de alimentação, pelo fato de a produção ser sazonal e variar de acordo com períodos de colheita”, explicou.


O engenheiro agrônomo da Craisa Fábio Vezzá De Benedetto, e também responsável pela pesquisa, afirma que o feijão foi o responsável pela alta no preço final da cesta, que no mês passado chegou a R$ 440,89. “Apesar de se manterem praticamente estáveis, os preços poderiam ter recuado mais se o alimento não tivesse apresentado valor tão elevado.”

Outros produtos que também sofreram alta nos preços foram o macarrão espaguete (6,87%), a batata (5,30%) e o leite longa vida (4,81%). A carne bovina de segunda também ficou mais cara, com o índice 3,45% maior do que o mês passado.


Apesar dos valores salgados, Maskio acredita que os custos dos grãos e das leguminosas devem baixar em razão de nova safra, que deve chegar no mercado a partir desde mês.
 
TOMATE E ALFACE - A salada das refeições, em compensação, fica garantida para o consumidor. O tomate, que teve uma das maiores altas no início do ano, chegando a custar aproximadamente R$ 10 o quilo, foi o produto com a maior baixa. O fruto está 22,74% mais barato, se comparado ao mês anterior, custando em média R$ 3,73. A alface foi o segundo produto com maior baixa, com recuo que chegou a 14,29%.


Além da sazonalidade, segundo Maskio, o produto pode estar mais barato pelo fato de as pessoas deixarem de comprá-lo. “É natural que as pessoas busquem uma substituição para os produtos que ficaram mais caros, como o tomate. Já no caso do feijão isso é mais difícil porque ele já está incorporado no prato dos brasileiros”, afirmou.



Veículo: Diário do Grande ABC


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