A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) informou que chegou a um acordo com a National Cotton Council (NCC), que representa os produtores de algodão dos Estados Unidos, para encerrar o contencioso na Organização Mundial do Comércio (OMC) que condenou os subsídios americanos.
Se aprovado pelo governo dos dois países, o acordo significará uma redução do montante total que tem de ser pago pelos EUA, segundo a decisão da OMC, e levará a uma redução significativa da subvenção dada pelos EUA a seus produtores de algodão na nova lei agrícola ("Farm Bill"), em tramitação no Congresso americano.
Segundo a Abrapa, os governos dos países já foram comunicados das recomendações desse acordo. A expectativa das duas instituições, segundo a Abrapa, é que os governos atendam às recomendações e incorporem as mudanças na nova legislação agrícola a ser aprovada em Washington.
A disputa na OMC, que condenou os EUA a pagarem US$ 830 milhões ao Brasil, significou o depósito de US$ 420 milhões desde 2010 ao Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) - US$ 147,3 milhões ao ano.
Os recursos vêm sendo aplicados em construção de centros de treinamento e capacitação de profissionais, com pagamento de cursos a funcionários de produtores e de empresas produtoras de algodão. A Abrapa informou que todos os projetos financiados com esse recurso são aprovados por um conselho gestor do IBA, formado por três produtores de algodão e representantes dos Ministérios da Agricultura, Indústria e Comércio e Itamaraty. A execução desses projetos são auditados pela PricewaterhouseCoopers.
Veículo: Valor Econômico