Gastos com beleza mais que dobram em 10 anos

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Até o fim deste ano, os brasileiros devem gastar R$ 59,3 bilhões com produtos deste segmento

Os gastos com produtos de beleza e com higiene pessoal tiveram um aumento de 124% na última década. De acordo com dados do Data Popular, em 2003, R$ 26,5 bilhões foram gastos com produtos do segmento, enquanto neste ano, o valor deverá chegar a R$ 59,3 bilhões.

Conforme o Data Popular, do total de gastos com produtos do segmento previstos para este ano, quase metade (47,4%), deverá ser pago por consumidores pertencentes à classe média Foto: Camila Leite

De acordo com o sócio diretor do Data Popular, Renato Meirelles, o crescimento se deve, principalmente, por causa da expansão feminina no mercado de trabalho. "Embora não sejam as únicas responsáveis pelos gastos com produtos e serviços de beleza e cuidados pessoais, as mulheres determinam grande parte do destino do dinheiro nessa categoria. Até o fim deste ano, os brasileiros devem gastar R$ 59,3 bilhões com este segmento. Um mercado nada desprezível para a indústria", explica.

Conforme ainda o instituto de pesquisa, do total de gastos previstos para este ano, quase metade (47,4%) deverá ser pago pela classe média. Já a classe alta responderá por 34,2% dos gastos e a classe baixa por 18,4%.

Salões de beleza

Para Renato Meirelles, a forte presença feminina à frente de funções de atendimento ao público pode estar associada como uma das razões para a ampliação dos salões de beleza por todo o País. Uma pesquisa quantitativa realizada no primeiro trimestre deste ano com 1300 brasileiras de 44 cidades de todas as regiões dá ênfase à frequência delas nestes locais.

"Nossas pesquisas demonstram que o aumento de mulheres no mercado de trabalho influenciou diretamente no crescimento do consumo de produtos e serviços de beleza. No período de vinte anos, o número de mulheres com carteira assinada chegou a 157%. Enquanto ela trabalhava apenas em casa não havia esta grande preocupação com a aparência, mas mudando de cenário, a tendência é se adequar às exigências do local para ser aceita naquele ambiente", diz.

Frequência cresce

Dentre o total de mulheres entrevistadas, 21% da classe média afirmaram que marcam presença ao menos três vezes por mês no salão de beleza. Já na classe alta, 38% estiveram no local mais de duas vezes por mês. Entre o público da classe mais baixa, 11% mantiveram essa frequência.

Embora os números acima demonstrem um aumento da frequência das mulheres com classes mais baixas nos salões de beleza, 57% delas disseram que foram nenhuma vez ao local durante o período dos últimos 30 dias. Enquanto na classe média o índice ficou em 44%, na classe alta, o percentual foi de 22%.



Veículo: Diário do Nordeste


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