Cotações são as mais baixas desde 2009.
Os preços do café arábica no mercado interno recuaram 6,8% em maio na comparação com abril, pressionados, principalmente, pela expectativa de uma grande safra brasileira neste ano, mostram dados do Boletim "Custos e Preços", da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Os preços do conillon permaneceram praticamente estáveis no mês, com variação de 0,9%. De acordo com estimativas oficiais, a safra brasileira será de 48,59 milhões de sacas de 60 quilos, sendo 36,41 milhões de sacas de arábica e 12,18 milhões de sacas de robusta.
Em Luís Eduardo Magalhães (BA), o preço do grão manteve-se estável, com recuo de 0,9% com relação ao mês de abril, cotada a R$ 286,53. Com relação ao mesmo período do ano anterior, o preço do produto caiu 26%. Em Iúna (ES), a saca de café apresentou uma leve recuperação, 0,3%, sendo comercializada a R$ 267,53. Em Ribeirão do Pinhal (PR) e em Santa Rita do Sapucaí (MG), as perdas por saca comercializada chegaram a R$ 114,64/saca e 158,39/saca, respectivamente.
Também foram divulgados números relativos à produção de café em outros países. Estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apontam para uma safra de nove milhões de sacas de café na Colômbia em 2013/2014, com crescimento de 8,3%. A queda dos preços internacionais do café repetiu-se em maio e as cotações atingiram, no período, os menores patamares desde 2009.
Algodão - Além do café, o boletim traz avaliações sobre os mercados de milho, soja, feijão, arroz, cacau, boi, leite e algodão. De acordo com a CNA, as vendas externas da pluma somaram 22,2 mil toneladas em maio, com receita de US$ 43 milhões. Com relação ao mesmo mês do ano passado, ocorreu uma redução de 49,2% na receita e de 51,3% no volume exportado. No mercado interno, os preços em Luís Eduardo Magalhães (BA), ficaram 5,6% abaixo dos praticados em abril, passando de R$ 67,37/arroba para R$ 63,59/arroba.
Veículo: Diário do Comércio - MG