O Ministério da Agricultura reduziu em 0,9%, para R$ 271,04 bilhões, sua estimativa para o valor bruto da produção agrícola (VBP) para 2013. Apesar da redução, trata-se de uma receita recorde, 9,8% maior do que a registrada no ano anterior.
O ajuste deveu-se a uma redução no valor estimado das safras de café (-1,4%), milho (-1,5%), arroz (-1,3%) e feijão (-4,5%), na comparação com os números divulgados no mês passado. Apenas duas culturas tiveram seu valor de produção elevado: a uva (0,4%) e o trigo (0,5%).
De acordo com a Assessoria de Gestão Estratégica (AGE) do ministério, a produção de soja deve gerar uma receita de R$ 79,93 bilhões em 2013. O valor ficou praticamente estável (-0,03%) em relação à estimativa anterior, mas representa um aumento de 17,1% em relação ao ano passado.
A produção de cana-de-açúcar foi estimada em R$ 47,8 bilhões, valor 0,2% inferior ao estimado em abril, mas 9,4% maior do que o registrado na temporada passada. O valor da produção de milho foi reduzido em 1,5%, para R$ 36,96 bilhões, o que significa um aumento de 11,8% ante 2012. Já o valor estimado da produção de laranja foi reduzido em 0,23%, para R$ 18,21 bilhões, ainda 30,1% maior do que o gerado em 2012.
Na comparação anual, o tomate é a cultura cujo valor da produção mais cresceu - 82,3%, para R$ 11,1 bilhões -, reflexo da escalada nos preços da fruta. Também chama a atenção a alta de outros alimentos que vão à mesa do consumidor, como a batata inglesa (31%), o feijão (10,3%) e o arroz (7,9%). Em contrapartida, o valor da produção de algodão deve cair 30,5% e o do café, 22,8%, em relação ao ano passado.
Ainda de acordo com AGE, o VBP deve chegar a R$ 35,6 bilhões na região Centro-Oeste e R$ 29,65 bilhões, no Sul. Em terceiro lugar, aparece a região Nordeste, com R$ 5,27 bilhões, acompanhada de perto pela Sudeste, com R$ 5 bilhões. A região Norte deve gerar o menor valor de em 2013 - R$ 2,25 bilhões.
Veículo: Valor Econômico