Igor Utsumi - AB
SÃO PAULO
Redes farmacêuticas estão oferecendo um número maior de produtos e com maior diversificação para aumentar ainda mais o faturamento. Segundo estudo feito pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), a venda de não medicamentos teve um crescimento de 16,2% nos primeiros quatro meses de 2013 em relação ao mesmo período de 2012, representando uma quantia de R$ 2,83 bilhões.
Para o presidente executivo da associação, Sérgio Mena Barreto, o crescimento nas vendas de não medicamentos indica "o anseio da população por uma farmácia que funcione como uma autêntica loja de saúde, com um amplo mix de produtos de conveniência e bem-estar".
De acordo com o levantamento, o volume de vendas das grandes redes farmacêuticas do país cresceu 12,2% no período, comparando com o primeiro quadrimestre do ano passado. As grandes redes farmacêuticas movimentaram R$ 8,76 bilhões, entre janeiro e abril deste ano.
Do total, R$ 5,93 bilhões se referem à venda de medicamentos, uma alta de 10,4%.
As vendas de remédios genéricos foram responsáveis por R$ 1,09 bilhão, com alta de 14%, em relação ao período do ano passado.
Henrique Maia, sócio-diretor da assessoria financeira Brasilpar, acredita que a importância do varejo farmacêutico na economia tem crescido, e que muito se deve à presença dos genéricos. "Cerca de 30% do crescimento deste mercado vem pelos genéricos. Antes, o consumidor ia no médico, pegava uma receita e comprava o medicamento na farmácia. Hoje a chance dessa mesma receita ser trocada no ponto de venda é muito grande".
Setor
Segundo estudo da Brasilpar, o faturamento total do setor farmacêutico chegou a R$ 49,6 bilhões no Brasil em 2012. A previsão é que esse valor ultrapasse os R$ 100 bilhões nos próximos cinco anos.
De acordo com a empresa, atualmente as redes RaiaDrogasil, DPSP (Drogarias Pacheco e São Paulo), Pague Menos, Brazil Pharma e Araújo são responsáveis por 29% da receita bruta de vendas do mercado brasileiro, uma fatia equivalente a R$ 14,4 bilhões. Cinco anos atrás, as cinco maiores redes eram responsáveis por 20% das vendas, o que na época equivalia a R$ 5,28 bilhões.
Veículo: DCI