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SÃO PAULO
Com o objetivo principal de resgatar a competitividade da indústria têxtil e de confecção nacional, estimulando o crescimento da produção e do faturamento, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) apresentará, hoje, em Brasília, uma proposta de redução da carga tributária federal que incide sobre as confecções para até 5%, intitulada de Regime Tributário Competitivo para a Confecção (RTCC). A Frente Parlamentar Mista José Alencar para o Desenvolvimento da Indústria Têxtil e de Confecção e a Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Nacional também marcarão presença no encontro.
Na ocasião, serão discutidas as prioridades para o setor abordando, especialmente, a Salvaguarda para Vestuário e o RTCC. "Trabalhamos nesses dois pilares de atuação pedindo salvaguarda de sete itens do vestuário e a diminuição da carga tributária", disse o diretor superintendente da Abit, Fernando Pimentel, em entrevista recente ao DCI.
Segundo o executivo, a simplificação da carga tributária contribuiria para o aumento da produção física em 117% e para a geração de cerca de 597 mil novas vagas de trabalho no setor, até 2025.
De acordo com o Instituto de Estatística e Marketing Industrial (Iemi) a produção da indústria têxtil e de confecção nacional deve crescer 2% nesse ano. O índice fica bem abaixo do computado em 2010 - melhor ano da indústria -, quando o setor apresentou um crescimento de 8% na produção. "Nesses 25 anos de estudo do segmento, 2010 aparece como o melhor ano para a indústria têxtil, motivada pelo empurrão dado pelo governo à economia em geral", afirmou o diretor do Iemi, Marcelo Prado.
Para o especialista, essa medida pode ajudar a reaquecer a concorrência nacional, diminuindo também os gastos com mão-de-obra que representam um dos principais custos da indústria têxtil e de confecção.
Veículo: DCI