O faturamento do segmento de confecções pode crescer 50% nos próximos seis anos, caso o governo federal aceite a proposta elaborada pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), que propõe uma redução da carga tributária federal que incide sobre o setor de confecções, baixando os atuais 18% para até 5%. O projeto foi enviado ontem para o governo e está em análise.
"Queremos criar uma isonomia competitiva entre as fabricantes nacionais e as marcas internacionais", explica o diretor superintendente da Abit, Fernando Pimentel. Segundo o executivo, as conversas com o governo ainda estão no começo, mas a entidade deve divulgar sua decisão até o final desse ano. "O governo vem atendendo as demandas do setor, por isso, estamos confiantes em relação a esse assunto", diz.
Intitulado de Regime Tributário Competitivo para a Confecção (RTCC), a proposta apresentada, ontem, em Brasília, aumentará a capacidade produtiva das fabricantes nacionais. Atualmente, a produção do setor gira em torno de dois milhões de toneladas e a aprovação do RTCC permitirá que esse índice passe para quatro milhões de toneladas. "Se conseguirmos baixar a carga tributária atual podemos recuperar em seis anos aquilo que perdemos recentemente", ressalta Pimentel.
Para o diretor superintendente da Abit, a aceitação do novo modelo tributário para o segmento de confecção é essencial. "Não podemos ficar tão distantes das marcas estrangeiras como estamos hoje e o RTCC ajudará o setor a crescer ainda mais do que o obtido com o Simples Nacional", enfatiza Pimentel. A redução dos tributos permitirá um aumento de 117% da produção física e a geração de 597 mil vagas de emprego, no Brasil, até 2025.
Veículo: DCI