A indústria paulista de transformação de plásticos ampliou as contratações no início deste ano: o número de novas vagas saltou de 173, no primeiro quadrimestre do ano passado, para 2.670, no mesmo período de 2013.
O crescimento ocorreu mesmo diante da estagnação do setor de borracha e plástico, cuja produção no Estado registrou uma ligeira queda de 0,03% entre janeiro e abril, na comparação com o ano passado.
Na indústria geral de transformação, houve aumento de 3%.
Os dados do Ministério do Trabalho e Emprego demonstram recuperação diante de um 2012 fraco na produção e na geração de vagas.
Para o Sindiplast (sindicato da indústria de material plástico de São Paulo), isso ocorreu por causa da desoneração da folha de pagamentos adotada pelo governo federal no ano passado.
Com a medida, alguns setores deixaram de desembolsar 20% de contribuição previdenciária sobre a folha de salários para pagar uma alíquota de 1% ou 2% sobre o faturamento bruto anual.
"Você paga praticamente o mesmo imposto se tiver 10, 100 ou 1.000 empregados", diz o presidente do Sindiplast, José Ricardo Roriz Coelho.
No país, o número de empregos dobrou. De 3.651 novos funcionários nos quatro primeiros meses de 2012, a indústria passou para 7.427.
"O problema é que não aumentamos o volume de produção e de vendas, porque está caro transformar plástico no Brasil", diz Coelho.
"Perdemos com a importação de produtos de países asiáticos e da América do Sul", afirma o presidente, que também é diretor de competitividade da Fiesp.
O preço de produtos plásticos cresceu 3% no quadrimestre. No acumulado dos últimos 12 meses, o aumento foi de 9,18%.
Veículo: Folha de S.Paulo