Ao longo deste ano, as perdas acumuladas dos contratos futuros do produto já superam os 16%.
A ICE Futures US (Bolsa de Nova York) para o açúcar bruto tocou na semana passada nos piores patamares de quase três anos. Segundo operadores, o mercado continua amarrado ao peso da colheita da safra de cana-de-açúcar do Brasil, principal produtor mundial de açúcar. Ao longo deste ano, as perdas acumuladas dos contratos futuros do açúcar bruto já superam 16%, pois os investidores têm se desfeito de posições compradas por conta das grandes ofertas disponíveis em escala global.
Os contratos com entrega em julho encerraram a sessão do dia 13 a 16,24 centavos de dólar por libra-peso, queda de -1,1% na comparação com o fechamento da sessão do dia 8 de 16,43 centavos de dólar por libra-peso.
O mercado teve uma semana de expectativa em relação ao andamento da safra brasileira. No dia 11, foram atualizados os números sobre a evolução da colheita e da moagem da cana-de-açúcar, safra 2013/14. A produção de açúcar acumulada até o dia 31 de maio no Centro-Sul do Brasil atingiu 5,6 milhões de toneladas, crescimento de 59% em comparação ao mesmo período de 2012/13.
A Organização Internacional do Açúcar (OIA) aponta que a oferta vai superar a demanda em 10 milhões de toneladas na temporada 2012/13, que será encerrada em setembro. Tamanho excesso jamais fora registrado no mercado mundial.
A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês) divulgou seu relatório bianual "Panorama Econômico Mundial", apontando que a produção global de açúcar deverá subir em 4,8 milhões de toneladas no ano-safra 2012/13, atingindo 180 milhões de toneladas. Se comprovado, será uma alta de 2,8%, mais do que o suficiente para atender a demanda mundial pelo adoçante.
Veículo: Diário do Comércio - MG