Salfer e Muffato dizem que são compradoras

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As redes catarinenses Angeloni e Salfer negam que estejam à venda, embora sejam citadas como potenciais alvos de aquisição. O presidente da Salfer, Vanderlei Gonçalves, diz que não há interesse por parte dos controladores da empresa, a família Salfer, em vendê-la. Em vez disso, ele afirma que a companhia tem planos de adquirir outras varejistas. 

 

Na opinião de Gonçalves, este ano será um período de oportunidade para aqueles que tiverem capacidade de aproveitar e a Salfer pretende estar entre estes. "Aparecerão redes com dificuldades", diz ele, referindo-se ao momento de crise econômica que poderá deixar mais vulnerável parte do setor varejista. 

 

Segundo ele, a Salfer fechou 2008 com crescimento de 20% no faturamento, em relação a 2007. "Ainda não vimos a crise chegar. Fechamos o ano acima do nosso objetivo, que era crescer 15%, e vamos abrir mais lojas em 2009", diz. 

 

A Angeloni não deu entrevistas, mas na virada do ano, diante de rumores de que seria comprada, publicou um anúncio em jornais regionais negando qualquer negociação. "Não abriremos mão do nosso privilégio de conduzir a empresa", dizia o comunicado, assinado pelos irmãos Antenor Angeloni e Arnaldo Angeloni. Além disso, a nota confirmava que o Angeloni tem sido "alvo de assédio por parte de grandes corporações". A rede fatura em torno de R$ 1 bilhão/ano e tem 20 lojas, além de farmácias e postos de combustíveis. 

 

O presidente da Associação Paranaense de Supermercados (Apras), Everton Muffato, avalia que as aquisições no varejo devem começar a partir do segundo trimestre. "Quem está bem vai sair às compras. Quem estiver mal vai ser comprado", diz. Ele, que é sócio da rede Muffato, com 29 lojas, adiantou que também vai analisar opções de investimento. 

 

Além do setor supermercadista, o segmento de móveis e eletrodomésticos também promete movimentação. O superintendente da MM Mercadomóveis, Marcio Pauliki, contou que planeja crescer no Paraná e em Santa Catarina e não descarta a possibilidade de fazer propostas, inclusive por pontos da Dudony, que pediu recuperação judicial em dezembro. "Estamos analisando", disse. Fundada há 30 anos, a MM tem 105 lojas e seu planejamento prevê 200 em 2012. 

 


Veículo: Valor Econômico


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