O Wal-Mart, maior grupo varejista do mundo, reduziu ontem suas previsões de lucros para o quarto trimestre, citando o impacto das vendas menores que as esperadas em suas lojas Sam´s Club e nas unidades internacionais.
O grupo, cujos Supercenters, que operam com preços baixos, tiveram desempenho melhor que o de outros grupos varejistas desde o começo da queda dos gastos do consumidor, disse que as vendas comparáveis nos EUA cresceram 1,7% em dezembro, menos que as previsões de Wall Street. As vendas em suas lojas de descontos e Supercenters cresceram 1,9%, enquanto nas lojas da rede de clubes atacadistas Sam´s Club a alta foi de apenas 0,1%.
O Wal-Mart mencionou o impacto da desaceleração econômica e o clima ruim nos Estados Unidos na semana antes do Natal, que levou ao fechamento de várias lojas. Mas Eduardo Castro Wright, presidente-executivo do Wal-Mart USA, disse que acredita que continuou ganhando participação de mercado e que o número de clientes cresceu pelo terceiro mês seguido.
Ela prevê um aumento de até 2% das vendas em mesma loja nos EUA em janeiro. As vendas totais do Wal-Mart no mês cresceram apenas 0,1% para US$ 46,51 bilhões, refletindo o impacto de uma queda de 10,4% no valor de suas vendas internacionais em dólar. "O momento econômico é difícil para todas as empresas e os grupos varejistas já registraram uma queda nos gastos arbitrários dos consumidores", disse Tom Schoewe, diretor financeiro do Wal-Mart. "Os consumidores estão muito concentrados nas necessidades e em fazer seu dinheiro valer mais."
O Wal-Mart disse que agora espera um lucro com as operações normais de US$ 0,91 a US$ 0,94 por ação para o quarto trimestre. A varejista já havia reduzido a previsão de lucros em 6 centavos de dólar em novembro, mencionando o impacto da valorização do dólar sobre os lucros de suas unidades internacionais, e em mais 6 centavos de dólar no mês passado devido ao acerto de 63 processos envolvendo salários e condições de trabalho de funcionários. O Wal-Mart disse acreditar que o desempenho operacional do ano será igual ou melhor que o do quarto trimestre do ano passado.
Veículo: Valor Econômico