CMN eleva o preço mínimo do feijão

Leia em 2min

Brasília - As preocupações com o impacto dos preços do feijão no índice inflacionário levaram o governo federal a promover altas expressivas no preço do grão, para incentivar o plantio na safra 2013/14 e regularizar o abastecimento.

O preço mínimo do feijão preto foi reajustado em 41,6% para R$ 105/saca, enquanto as variedades cores tiveram aumento de 28,1% para R$ 95/saca. A correção do preço mínimo definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) na sexta-feira, surpreendeu, pois com base nos custos de produção a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) havia proposto R$ 100 para o feijão preto e R$ 80 para o cores.

O secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, João Rabelo Jr., explicou que a volatilidade de preços e problemas de manejo, além de competição com outras culturas, provocaram retração na área cultivada de feijão, "que tem sido resistente às políticas de controle da inflação". Ele afirmou que o "preço mínimo incentivador" e o aumento dos limites de crédito para cultivo irão incentivar o plantio tanto do feijão preto como cores.

Vale lembrar que o novo preço mínimo do feijão irá vigorar de novembro de 2013 a outubro de 2014 nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e sul da Bahia. No caso das regiões Norte e Nordeste (exceto sul da Bahia), a vigência vai de janeiro de 2014 a dezembro de 2014.

Milho - O CMN também aprovou, na sexta-feira, reajuste do preço do milho na safra 2013/14 para todas as regiões do país. No caso do Sul, Sudeste e Centro-Oeste (exceto Mato Grosso) o preço sobe 1,2% e passa de R$ 17,46 para R$ 17,67/saca de 60 kg. Em Mato Grosso e Rondônia, o preço mínimo de milho subiu 4,1%, de R$ 13,02 para 13,56/saca.

Para a região Norte (exceto Rondônia), oeste da Bahia, sul do Maranhão e sul do Piauí, o preço mínimo foi reajustado em 4% e passou de R$ 20,76 para R$ 21,60/saca. O maior aumento (20,4%) ocorreu no preço do mínimo para a região Nordeste (exceto oeste da Bahia, sul do Maranhão e sul do Piauí).

João Rabelo Jr. explicou que o objetivo do aumento do preço mínimo para o Nordeste é incentivar o aumento do plantio na região, que na safra passada enfrentou problemas com a escassez do cereal, por causa da quebra de safra provocada pela seca.



Veículo: Diário do Comércio - MG (29/06)


Veja também

Dólar alto sustenta o grão no Brasil

O mercado brasileiro de soja registrou maior movimentação ao longo da semana e preços em eleva&cced...

Veja mais
Começa o vazio sanitário em Minas

Plantio fica proibido por três mesesMinas Gerais viverá o período conhecido como vazio sanitá...

Veja mais
Varejo diz que não vai repassar IPI

São Paulo - As redes varejistas fizeram um "pacto" para não repassar aos consumidores o aumento nas al&iac...

Veja mais
Jornada Mundial da Juventude deve elevar vendas do varejo em 7%

Supermercados responderão por 40% da alta, diz CNCRIO — A vinda de cerca de um milhão e meio de pess...

Veja mais
Venda de orgânicos cresce após nova regulamentação

Brasil deve repetir o caminho da Europa  e dos Estados Unidos, com mercado nacional ganhando até 25%, nos pr...

Veja mais
O cafezinho ganha versão comestível

O primeiro café processado para comer, lançado pela SPA, já pode ser encontrado em estados como Esp...

Veja mais
Redes sociais alavancam as vendas on-line

Mesmo recentes no País, as iniciativas em mídias sociais - ou como é chamado, o social commerce - e...

Veja mais
Sem sócios, Rede de Farmácias Araujo chega a R$ 1,3 bilhão

Uma das maiores redes de farmácias do país, a mineira Drogaria Araujo, quer se manter como uma exceç...

Veja mais
Commodities perdem fôlego no 1º semestre

Seis das oito principais commodities agrícolas comercializadas pelo Brasil no exterior vão encerrar este p...

Veja mais