Paralisação de caminhoneiros começa a prejudicar frigoríficos catarinenses e a categoria espera conseguir mudanças na Lei do Descanso e a redução do preço do óleo diesel.
Pelo menos 500 caminhoneiros estão parados nas estradas federais do Oeste de Santa Catarina. A indústria de suínos, aves, bovina e leiteira sofre com a distribuição de mercadorias e de ração.Três frigoríficos da Coopercentral Aurora Alimentos em São Miguel do Oeste e em Maravilha paralisaram ontem, e mais quatro serão fechados. O prejuízo é de R$ 8 milhões diários apenas para a Coopercentral Aurora Alimentos, que está com 2,5 mil funcionários parados.
A interrupção no transporte só deve ser encerrada às 17h de amanhã. Os motoristas aguardam alteração na Lei do Descanso, exigem a isenção dos pedágios para caminhões e a redução de 50% no preço do óleo diesel. Os veículos não bloqueiam as estradas e estão estacionados nos acostamentos e postos de gasolina das cidades de Maravilha, São Miguel do Oeste, Iporã do Oeste, Cuiaporã e Palmitos.
Produção leiteira está prejudicada
O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de SC (Faesc), Enori Barbieri, disse não ter contabilizado ainda o prejuízo. Ele alertou para a indústria leiteira, já que o Oeste é responsável por 75% da produção catarinense – 6 milhões de litros por dia. Sem o transporte do leite para o processamento, a mercadoria terá de ser jogada fora.
Outras 19 empresas da Associação Catarinense de Avicultura (Acav) foram consultadas e todas irão funcionar hoje. As empresas não estimaram o prejuízo, mas calculam que será pior quando a ração dos animais acabar.
Veículo: Diário Catarinense