O fluxo de carros leves cresceu 6,4% nas rodovias pedagiadas do País em 2008. Esse número é superior aos 5,2% de avanço na movimentação de veículos pesados para o mesmo período, e segue a atual tendência econômica, de acordo com a Associação Brasileira das Concessionárias des Rodovias (ABCR).
"Para os leves, embora o ritmo da atividade esteja fraco, o mercado de trabalho ainda não mostrou uma desaceleração muito forte", comentou a economista Cláudia Oshiro, da consultoria Tendências, atual responsável pelo Índice ABCR.
A executiva explicou ainda, que a alta do dólar está entre os fatores que levaram ao aumento do trânsito de passeio. "Isso pode ter diminuído o número de viagens ao exterior, fazendo com que as pessoas procurassem os destinos domésticos e pegassem as estradas", disse.
Em relação ao primeiro mês da alta temporada, houve um salto de 4,9% em dezembro de 2008 em comparação com o mesmo mês de 2007. No caso dos veículos pesado, o índice teve queda de 0,8% no período.
Suspensão
Em São Paulo, viu-se uma queda de braço jurídica, por conta do pedágio instalado pela Concessionária RodoAnel, da Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR), no trecho Oeste do Rodoanel Mário Covas. Na última semana, o juiz Rômolo Russo Júnior, da 5ª Vara da Fazenda Pública da Capital, emitiu decisão judicial suspendendo a cobrança, porém ontem, os pedágios continuavam a ser cobrados, porque tanto a agência reguladora paulista, quanto a CCR, alegavam não ter recebido a notificação.
Já no final da tarde, a Agência Reguladora de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) confirmou ter recebido o documento e comunicou que a cobrança havia sido suspensa pela CCR. A liminar que causou a interrupção resultou de uma ação popular que alegou que o pedágio estava localizado em um raio de 35 quilômetros do centro da da capital, o que não seria permitido.
Também na última quinta-feira, a rodovia Fernão Dias recebeu seu terceiro pedágio. Fabíola Binas
Veículo: DCI