Produtores de café da região de Botucatu recebem certificação

Leia em 2min 10s

Há décadas considerado ouro verde, o café do centro-oeste paulista está atrelado à certificação do selo verde. Entre os 61 associados, 27 produtores de café da Associação Giocondo Bassetto conquistaram a certificação Fair Trade (Comércio Justo), por meio da parceria do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP) em Botucatu que proporcionou subsídios tecnológicos e disponibilizou recursos orçamentários, financeiros e orientações técnicas e metodológicas aos produtores.

 

No município de Pratânia, o produtor Sebastião Jair Gonçalves tem uma propriedade de 43 hectares, sendo que três deles são destinados ao cultivo de café. Gonçalves apostou no projeto de certificação para melhorar a colheita e o valor da saca do produto, que hoje está em R$ 250, preço considerado baixo para o mercado.

 

Ele escoou as 120 sacas de café produzidas em 2008 diretamente para uma cooperativa, na cidade de São Manoel. "Para mim, a certificação foi uma salvação da lavoura, porque é uma forma de fixar o homem no campo", conta.

 

De acordo com o oficial de enlace da Fair Trade International nas regiões Sul e Sudeste do Brasil e responsável pela aplicação das normas técnicas na propriedade, Reinaldo Rodrigues, a Associação Giocondo Bassetto é a primeira entidade certificada no Estado de São Paulo no setor cafeeiro. "Em média, as associações levam cerca de um ano para se adaptarem às normas técnicas e foi observado um processo evolutivo rápido".

 

Desde 2007, os participantes do Projeto de Agronegócios da Cadeia do Café, denominado "Do campo à xícara", aderiram às regras e requisitos de padrão internacional, que permeiam a relação entre comprador e fornecedor, na gestão da cadeia produtiva e comercial, referentes aos aspectos correspondentes ao meio ambiente, normas trabalhistas e legislação.

 

"Foi uma luta", define o presidente da Associação Giocondo Bassetto, Luíz Carlos Josepeti Bassetto, que pretende destinar a produção certificada para o Japão. "Ainda nesta semana, vamos fechar negócio com a MC Coffee do Brasil, pertencente à Mitsubishi.

 

Se isso ocorrer, o valor agregado da saca de café vai aumentar em R$ 130, sendo que o preço atual no mercado comum é de R$ 240", explica.

 

Bassetto salienta que a busca pela certificação é a única saída para remunerar melhor a atividade cafeeira e proporcionar sobrevida à cultura dos cafés tipo 2 e 3, em uma região privilegiada para este cultivo, em que predominam a altitude entre 750 e 850 metros; chuvas bem distribuídas (pouca chuva na época de colheita, mas com abundância no período de florada e formação de grãos) e solo arenoso, com pouca argila.

 

Veículo: DCI


Veja também

Crise deve causar atraso para repor os estoques

Os efeitos da crise devem provocar atraso de pelo menos um mês na recomposição dos estoques das prin...

Veja mais
Rede de drogarias americana CVS reduz projeções de lucro

A rede de drogarias norte-americana CVS reduziu na última sexta-feira as suas projeções de lucro pa...

Veja mais
Lupo contrata agência Rino para aumentar exposição

A Lupo, que é uma das maiores fabricantes de meias e cuecas do País, começa o ano com novidades na ...

Veja mais
Liquidação anima varejo mas cautela continua

Depois de vender o dobro do previsto na última liquidação realizada na semana passada, a varejista ...

Veja mais
Empresas adaptam seus sites para o iPhone

A chegada do iPhone, da Apple, ajuda a dar novos contornos ao marketing digital brasileiro. Um dos primeiros reflexos &e...

Veja mais
Desconto não garante vendas à rede Best Buy

A Best Buy, maior rede do setor de eletrônicos dos Estados Unidos, registrou queda em nas vendas de dezembro depoi...

Veja mais
Setor de papelaria prevê dificuldades a partir de março

O comércio de papelaria comemora o período de volta às aulas, considerado o Natal do setor, com cre...

Veja mais
JPMorgan rebaixa ações da Nestlé

A Nestlé teve a recomendação de suas ações rebaixada para "reduzir exposiç&ati...

Veja mais
Panasonic deixará de investir US$ 1,5 bilhão

A Panasonic cortará investimentos em duas novas fábricas de TVs de tela plana, avaliados em US$ 1,5 bilh&a...

Veja mais