A Nestlé teve a recomendação de suas ações rebaixada para "reduzir exposição" pelo analista Pablo Zuanic, do JPMorgan Chase. Zuanic prevê que a fabricante não cumprirá a meta de vendas deste ano devido à desaceleração da economia.
As vendas da empresa deverão crescer 2,6% este ano, parcela inferior à meta de 5% a 6% anuais fixada pela empresa, disse Zuanic em nota aos investidores. Robin Tickle, porta-voz da Nestlé, disse que a empresa não comenta relatórios de analistas.
Zuanic, que tinha classificado as ações da Nestlé como "neutras", torna-se apenas o segundo analista da Nestlé, entre 37 consultados, a ter uma recomendação negativa para a companhia. Ele disse que a desaceleração da economia mundial deverá levar as empresas produtoras de alimentos a baixar os preços, o que obrigará a Nestlé a seguir seu exemplo ou a gastar mais em publicidade para manter os consumidores fiéis a suas marcas.
A Nestlé, que elevou o crescimento dos seus lucros nos últimos anos recorrendo ao aumento dos preços, a fim de fazer frente à inflação, perdeu participação de mercado em todas as suas principais categorias de alimentos na Europa Ocidental até setembro do ano passado, disse Zuanic, atribuindo a informação a dados da empresa de pesquisa Nielsen. A margem de lucro operacional da Nestlé deverá cair 0,1 ponto percentual este ano, com a corrosão dos lucros imposta pelos custos de marketing e pelos cortes de preços, acrescentou.
Veículo: Gazeta Mercantil