A passagem de uma nova massa de ar frio pelo Brasil comandou as ações e centralizou as atenções no mercado internacional do café. Essa massa de ar polar, que avança rumo ao Sudeste nos próximos dias, gerou preocupações quanto à possibilidade de prejuízos com o frio, ou com temidas geadas, no cinturão cafeeiro do Brasil. Esses temores provocaram a valorização do café arábica na Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures), que baliza a comercialização internacional do grão.
Essa massa de ar frio, entretanto, traz maior risco de alguma geada de fraca intensidade somente nas áreas produtoras do Paraná nas madrugadas de 23 e 24 de julho. Ela perde forças e reduz as temperaturas para regiões como a mogiana paulista e sul de Minas Gerais, mas insuficiente para trazer riscos de geadas.
A queda nas exportações do Vietnã em junho também deu suporte às cotações. O país, produtor de robusta, é o segundo maior cafeicultor do mundo, atrás apenas do Brasil. As exportações de café do Vietnã totalizaram 88.387 toneladas em junho, queda de 24,3% ante a maio e de 37,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior, de acordo com o Escritório Geral de Estatísticas do país. O montante também ficou abaixo da estimativa anterior para os embarques do mês, de 91.000 toneladas.
No balanço semanal, o contrato setembro do café arábica na Bolsa de Nova York subiu de 119,40 centavos de dólar por libra-peso (cotação de fechamento da sexta-feira passada, 12 de julho) para 127,55 cents/lb no fechamento desta quinta-feira, dia 18/07, o que representa alta acumulada de 6,8%.
No mercado físico brasileiro de café, os ganhos externos mexeram também positivamente nos valores. No sul de Minas Gerais, no mesmo comparativo, o café arábica bebida dura subiu de R$ 270,00 para R$ 290,00 a saca.
Veículo: Diário do Comércio - MG