Farmácia de departamentos

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A CVS começa a imprimir seu estilo na Drogaria Onofre com a inauguração de loja em Santos

Quem entra em uma loja da CVS Pharmacy, nos Estados Unidos, encontra praticamente de tudo – tudo mesmo, inclusive medicamentos. É que por lá as redes mais se parecem com grandes supermercados, onde é possível comprar de remédios a utensílios domésticos e alimentos. Essa operação híbrida, no entanto, é proibida pela legislação brasileira. Mas um pouco desse modelo americano começou a ser implantando no Brasil. Na quarta-feira 17, a primeira loja da Drogaria Onofre, agora sob o controle da CVS, a maior empresa do varejo de medicamentos do mundo, com faturamento de US$ 123 bilhões, foi aberta em Santos, no litoral de São Paulo.
 
A fita de inauguração foi cortada por Marcos Arede, neto do fundador da rede e atual CEO, e pelo americano David Denton, CFO e vice-presidente da CVS Pharmacy. “Vimos na Onofre a oportunidade de aplicar um pouco do modelo de negócio da CVS para atingir a liderança no Brasil”, afirmou Denton à DINHEIRO, na inauguração da unidade santista. Uma das mudanças é a divisão por seções, ao estilo das lojas de departamentos americanas. Há, por exemplo, uma área para medicamentos genéricos, outra para produtos de beleza, e assim por diante. Há também uma área para serviços diversos, como limpeza de pele, exame de diabetes e medição de pressão arterial.
 
Além disso, os funcionários são treinados para atuar como consultores, instruindo e opinando sobre os produtos mais indicados aos clientes. “Essa loja é o primeiro bebê de muitos que ainda virão”, diz Arede. Até o final do ano, pelo menos 20 novas farmácias serão inauguradas, somando-se às atuais 44, que serão atualizadas para o novo padrão CVS Pharmacy. A compra da Drogaria Onofre foi a primeira aquisição da rede americana fora dos Estados Unidos, em uma transação estimada em R$ 600 milhões, fechada em fevereiro deste ano.
 
O que encheu os olhos dos executivos americanos e que pautou a escolha do Brasil como a primeira investida no Exterior foi o ritmo de crescimento do varejo farmacêutico nacional. Em 2012, as vendas registraram um aumento de 16%. “Buscávamos um País com demanda crescente e que tivesse um mercado fragmentado, sem um grupo dominante”, diz Denton. Segundo ele, a Onofre foi considerada a melhor porta de entrada porque, mesmo sendo apenas a oitava maior rede do País, tem a maior receita por metro quadrado do setor e um grande potencial de expansão fora do Estado de São Paulo, onde possui apenas sete unidades. “A CVS não veio para ser a número oito, e sim a líder”, diz Arede.
 


Veículo: Istoé Dinheiro


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