Mash sai de baixo

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Tradicional marca paulista de roupa íntima começa a vender camisetas, shorts e bermudas

Depois de lançar meias femininas e infantis, sungas e pijamas, chegou a vez de a Mash sair da seção de roupa íntima dos lojas de vestuário e dividir as araras com concorrentes como a Hering. A empresa paulista, que produz cuecas há mais de 40 anos, agora quer estar com sua etiqueta à mostra, passando a vestir a clientela masculina da cabeça aos pés. No fim de agosto, chegam às redes de varejo polos, camisetas, shorts e bermudas, entre outros itens de vestuário, da tradicional marca de underwear. No total, serão 200 mil peças de 36 produtos que estarão no mercado em mais de seis mil lojas em todo o País.

Mas a produção não será feita na fábrica na zona leste de São Paulo. Por ser ainda um teste, o primeiro lote enviado ao comércio virá da China. “Queremos experimentar e saber da aceitação antes de fazer o investimento em produção”, afirma Jonas Waisberg, diretor-comercial da Mash. Em 2012, o faturamento estimado da empresa foi de R$ 100 milhões, dos quais 70% são obtidos com a venda de cuecas. A expectativa é de que a nova linha represente 5% do seu faturamento, que deverá crescer 25% em 2013, segundo os planos da Mash. O valor do investimento na nova coleção não é revelado. “O maior montante ficará em marketing e no ponto de venda”, diz Waisberg.
 
Caso o projeto traga bons resultados, novos fornecedores serão procurados, incluindo empresas brasileiras. “A iniciativa de importar minimiza o risco da empresa”, afirma Marcos Bedendo, professor de gestão de marcas da ESPM. “É uma decisão interessante para quem quer começar uma nova divisão.” Uma das vantagens apontadas pelo especialista é o canal de distribuição. Para Bedendo, como a Mash já mantém relacionamento com grandes redes varejistas, isso lhe permite colocar rapidamente a nova linha no varejo e chegar ao consumidor. Outra oportunidade que se abre com a coleção é o investimento em uma rede de lojas próprias da marca, a exemplo do que já ocorre com a Lupo.
 
“A diversificação pode tornar esse projeto de lojas próprias viável, mas ainda não temos nada concreto”, afirma Waisberg. A empresa já tem uma loja no Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo, e acredita que pontos de venda nesses centros de compra podem ser um novo canal. Para o executivo, essa seria uma forma de não melindrar os varejistas parceiros, já que a maioria é multimarca e poucos estão presentes em shoppings. No entanto, a estratégia de estar em contato direto com o consumidor já foi iniciada. Neste mês, a empresa lançou sua loja virtual, com um investimento de R$ 1 milhão.



Veículo: Istoé Dinheiro


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