Levantamento aponta alta de 1,98% na cesta básica do campineiro

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A Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) divulgou ontem a pesquisa Cesta Básica relativa ao mês de dezembro de 2008. O custo médio da cesta, composta por 13 produtos de alimentação, ficou em R$ 218,36, uma alta de 1,98% em relação ao mês de novembro, que teve um custo médio de R$ 214,13.

 

De acordo com o professor do Centro de Economia e Administração (CEA) da PUC Campinas, Cândido Ferreira da Silva Filho, responsável pela pesquisa Cesta Básica, em dezembro de 2007 o custo da cesta básica foi de R$ 196,45, um aumento de 11,15% em relação ao mesmo período do ano passado.

 

O aumento dos preços foi superior ao índice de reajuste do salário mínimo que foi de 9,21%. Em janeiro de 2008 o valor da cesta básica era de R$ 202,22 e em dezembro chegou a R$ 218,36, um aumento médio de 7,9%.

 

O tomate foi o campeão do aumento, com 40,89%. O aumento exagerado foi motivado pelas chuvas em regiões produtoras que elevaram os custos da produção. "Na verdade, o tomate teve um aumento expressivo devido ao clima por muita chuva, o que prejudica a produção. Outra questão é o custo alto de produção porque o tomate demanda de muito adubo e de fertilizantes e esses produtos são importados.

 

Como o dólar subiu bastante consequentemente o preço dos fertilizantes aumentou, O tomate depende muito de fertilizante e o consumidor acabou pagando por isso", explica Cândido Ferreira. Outros itens que tiveram aumento foram: café em pó, com 8,74%, manteiga, com 7,63%, pão francês, com 5,62% e açúcar, com 2,94%.

 

O feijão por conta do período de safra registrou uma redução de até 12%. O mesmo ocorre com o arroz e o óleo de soja que tiveram início de colheita no mês de dezembro.

 

Outro dado indicado na pesquisa é sobre o comportamento do preço da carne bovina. Apesar de, em dezembro, ter uma redução de preço de 3,66%, as expectativas para os próximos meses são pessimistas.

 

Segundo Ferreira, importantes regiões produtoras de carne estão enfrentando severos problemas climáticos. "De um lado temos seca no Rio Grande do Sul e de outro lado o excesso de chuvas e inundações em Minas Gerais e no Rio de Janeiro", justificou.

 

O professor lembra que o brasileiro nos últimos anos têm substituído os hábitos alimentares para fugir dos preços altos e muitas vezes tem trocado a carne bovina por outro tipo de carne, como a do frango.

 

Na avaliação do professor Cândido Ferreira a tendência é de que o preço geral da cesta básica se estabilize em função de que muitos produtos nesta época do ano estão em período de safra.

 

Veículo: DCI


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