Lula sanciona lei que cria "RG" para rastrear medicamentos

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Principal objetivo é combater falsificação e roubo, diz Anvisa

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que institui um sistema de rastreabilidade dos medicamentos. De acordo com a norma, proposta pela deputada Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), cada embalagem terá uma espécie de "RG" próprio.

 

A tecnologia a ser empregada ainda não foi definida, mas o sistema funcionará de maneira que cada produto tenha uma identificação, semelhante a um código de barras, associada a uma lista de informações.

 

Cada embalagem será numerada. Ao fazê-lo passar pelo sistema eletrônico a ser adotado nas farmácias, o consumidor, daqui a um ano, poderá saber informações como o nome do fabricante e o número do lote e do produto que comprou, explica Dirceu Barbano, diretor da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Segundo ele, os principais objetivos da medida são combater a falsificação e o roubo de medicamentos. Terão acesso aos dados o paciente, a farmácia e a autoridade sanitária. A forma como serão disponibilizados será regulamentada.
Em 2012, o sistema poderá armazenar informações como o nome do paciente e do médico que prescreveu o produto. Barbano garante que a informação será reservada. "Hoje já há necessidade de sigilo. Isso não muda."

 

Erros

 

De acordo com o vice-presidente do Conselho Federal de Farmácia, Amilson Álvares, a medida trará mais segurança aos consumidores, pois será possível o rastreamento de remédios inapropriados para o consumo. "No caso de erros de fabricação, bloqueio ou interdição de lotes de medicamentos, será possível detectar imediatamente onde está ocorrendo a venda", disse.

 

O rastreamento também deverá coibir roubo de cargas de medicamentos. "Se uma farmácia estiver vendendo remédio desviado, haverá condições de o governo descobrir isso rapidamente", avaliou.
O texto sancionado por Lula diz que as regras valem também para os medicamentos odontológicos e veterinários.

 

De acordo com Barbano, o sistema já é adotado nos Estados Unidos e em todos os países da União Europeia. Ele afirma também que a indústria farmacêutica terá mais ganhos do que prejuízos com o sistema, já que haverá redução da falsificação.

 

A Folha não conseguiu localizar um dirigente da Febrafarma (Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica) para comentar a lei.

 

Veículo: Folha de S.Paulo


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