Sistema agroindustrial será implantado na Zona da Mata, prevê acordo.
Acordo de cooperação, assinado ontem no Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Indi), prevê a instalação de um sistema agroindustrial de fruticultura na Zona da Mata mineira, visando aumentar as opções de comercialização para os produtores de frutas frescas. A previsão de conclusão do projeto é estimada para 2011. A próxima reunião do grupo ficou agendada para o próximo dia 29, quando os gestores poderão conhecer o pré-plano para, em seguida, começar as discussões e uniformizar as informações.
Para o secretário adjunto da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Paulo Afonso Romano, a Zona da Mata mineira está em estado de estagnação, o que gera um desafio para a secretaria em explorar o potencial local. "Valorizamos muito a busca por entendimento sobre a região que tem como atividade principal a produção de leite e café. Nosso objetivo não é substituir atividades, mas sim integrar a fruticultura na região", ponderou.
Segundo Romano, a maioria das culturas da região é realizada por pequenos produtores, que deverão sentir melhoria na renda após a concretização do projeto. Um dos pontos fortes apontado pelo secretário-adjunto é a localização estratégica da região que, devido à proximidade com três dos maiores centros econômicos do país - São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte - pode incrementar os negócios. "Um programa como esse tem a função de introduzir novos negócios e tecnologias, estimulando o ciclo de crescimento", destacou.
Para o diretor do Indi, Marshall Garcia, o passo dado ontem é de extrema importância para a organização das ações que serão realizadas. "Existem oportunidades para a fruticultura na Zona da Mata, além de frutas de boa qualidade quem podem ser melhor aproveitadas. Esse trabalho conjunto nos permitirá partir para outras regiões do Estado, após a conclusão desta etapa", salientou.
Organização - De acordo com o diretor da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (Abdi), Clayton Campanhola, o momento é de implementar a articulação do grupo gestor para, posteriormente, organizar os produtores com foco na cadeia da fruticultura, uma vez que a falta de visão deixa os produtores à mercê do mercado. "Muitas empresas poderiam utilizar incentivos, mas a falta de informação é grande no segmento", alertou.
Segundo ele, a Zona da Mata mineira precisa de um apoio diferenciado, com mais proximidade e orientação, destacou. "Teremos que reforçar e facilitar a integração. Agora, começaremos a estudar os modos de formulação do trabalho, uma vez que esse foi o primeiro passo da união das instituições em prol do objetivo maior", afirmou.
Veículo: Diário do Comércio - MG