Procon-SP levantou os valores de 181 itens em dez lojas de todas as regiões da capital.O preço do material escolar pode variar até 233%, dependendo do estabelecimento, de acordo com pesquisa realizada pela Fundação Procon-SP.
O levantamento foi feito entre os dias 6 e 8 de janeiro em dez lojas nas cinco regiões da capital paulista. Foram verificados 181 itens, e 24 deles (13,26% do total) apresentaram diferença de preço de 100% ou mais. Outros 48 produtos (26,52% do total) tiveram diferença de valores entre 50% e 100% e 109 produtos (60,22%), abaixo de 50%. A maior discrepância foi encontrada no lápis preto nº 2 da Faber Castell, vendido por R$ 0,30 em uma papelaria da zona norte e por R$ 1 no Centro da capital, uma diferença de 233%.
A segunda maior variação foi do giz de cera fino Acrilex (caixa pequena com 12 cores). O preço vai de R$ 0,75 (zonas sul e norte) a R$ 2,40 (zona oeste), diferença de 220%. Do total dos itens comparados, o estabelecimento Japuíba (região norte) foi o que apresentou a maior quantidade de produtos com menor preço (72 itens).
A principal recomendação do assistente de direção do Procon-SP, Diógenes Donizete, para fugir dos preços altos é pesquisar em vários estabelecimentos e negociar descontos e prazos. “Nunca compre na primeira loja. Visite, ao menos, os estabelecimentos da região onde você mora.”
Mas o consumidor pode cortar gastos antes de ir às lojas, aproveitando materiais usados no ano anterior que ainda estão em boas condições. Até livros didáticos podem ser doados para alunos que cursam séries diferentes. Outra dica que ele dá é fazer a compra em conjunto. “Você pode formar um grupo de pais e comprar em grandes volumes. Pode até procurar lojas que vendem por atacado e conseguirá um preço melhor”, diz.
Mensalidade
As mensalidades escolares levaram a inflação no varejo em São Paulo a uma leve aceleração entre a primeira e a segunda semanas de janeiro. O Índice de Preços ao Consumidor-Semanal (IPC-S) até 15 de janeiro subiu 0,23%, pouco acima da taxa de 0,22% da semana anterior. Segundo o economista da FGV, André Braz, a alta nos preços de cursos formais passou de 0,39% para 1,67%, o que elevou os preços do grupo Educação, Leitura e Recreação.
ORIENTAÇÕES
Algumas escolas exigem que o material escolar seja comprado no próprio estabelecimento, mas esta prática é abusiva
Antes de ir às lojas, veja o que é possível reaproveitar do ano
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Pesquise preços e leve em consideração as taxas de juros das compras a prazo. O melhor é pedir descontos e pagar à vista
Combine com amigos para ir às compras juntos. Há lojas que dão descontos especiais para compras em grande quantidade
Nem sempre o material mais caro e sofisticado é o melhor.
Compre somente o necessário
Veículo: Jornal da Tarde