A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo proibiu a comercialização do talco cremoso Turma da Mônica do lote 7.226 (14.600 unidades), válido até agosto de 2009 e vendido em embalagem de 200 ml. Análises de laboratório constataram que o produto apresentava pH inferior (mais ácido) aos parâmetros registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para sua fabricação. Segundo a secretaria, a ação é preventiva.
O mesmo problema foi apresentado pelo condicionador Turma da Mônica do lote 8.057, com validade até fevereiro de 2010, também vendido em invólucros de 200 ml. Um cosmético com pH mais ácido do que a pele da criança pode retirar o manto lipídico, que atua como um agente protetor da pele às agressões do meio ambiente, explica Antônio Carlos Madeira de Arruda, presidente do Departamento de Dermatologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo. "Isso pode irritar a pele e provocar uma descamação. No caso do talco, podem ocorrer assaduras e uma irritação ou infecção na pele sensibilizada", afirma.
A Kimberly-Clark Brasil, detentora dos direitos de comercialização dos produtos, afirmou, em nota, que "a diferença de pH apurada é mínima e não torna os produtos inadequados aos consumo". A empresa também disse que, juntamente à Lipson Cosméticos, fabricante do talco e do condicionador, iniciará o recolhimento dos cosméticos nos próximos dias.
Veículo: Jornal do Commercio - RJ