Dia da Criança pode crescer 30% na internet

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As vendas para o Dia da Criança mostram-se mais aquecidas nas operações de comércio eletrônico (e-commerce). Enquanto empresas que atuam com foco maior no varejo físico pretendem crescer, em média, 10% a 15% de vendas, as que comercializam produtos também pela internet projetam de 30% a 250% de incremento no período.

Como é o caso das operações on-line da Hi Happy e P&B Kids. Roberto Wajnsztok, diretor de e-commerce das operações afirmou ao DCI que o segundo semestre é o momento em que a marca "coloca os chinelos" e opera melhor. "As melhores datas para a gente são Dia da Criança e o Natal, tanto que para a data sazonal de outubro, a nossa expectativa é crescer 250% na comparação com 2012", disse o executivo.

O número pode assustar, mas ele é comparado a uma base mais enxuta, uma vez que as lojas virtuais da Hi Happy e da P&B Kids, tinham pouca visibilidade antes da compra das marcas pelo grupo norte-americano Carlyle. "Poucos consumidores sabiam que tínhamos a operação on-line, temos promovido ações para ampliar essa participação", explicou Wajnsztok.

Ainda segundo o executivo, mesmo com a perspectiva superotimista, como as lojas físicas das marcas já estão consolidadas, as vendas das mesmas podem ser maiores que as do e-commerce, mesmo o canal virtual sendo visto com maior potencial. "Esse é o primeiro ano de uma grande reestruturação que estamos fazendo, e temos diversas lojas consolidadas há décadas, mas vemos um forte potencial de crescimento", explicou o diretor.

O tíquete médio de compras no período segundo Wajnsztok. será de R$ 200 e os eletrônicos infantis podem ser os mais vendidos. "Apostamos muito forte nos eletrônicos infantis - tablets, DVDs portáteis, e games, e nas grandes marcas infantis desse ano, como Monster High, Aviões, e Furby", explicou ele.

Na rede supermercadista Extra - bandeira que pertence ao Grupo Pão de Açúcar (GPA) - enquanto na loja física a perspectiva é que as vendas de brinquedos cresçam 15% na data, na operação on-line (Extra.com) a projeção é que as vendas tenham alta de 30%, ou seja, o dobro.

Outro player forte nas vendas on-line é a Americanas.com. Para a data, a empresa criou um site temporário (hotsite) chamado Planeta Criança, que divide os produtos por idade e gênero. No hotsite, o consumidor encontrará a maior variedade de brinquedos, games, CDs, DVDs e livros infantis. Há também uma seleção especial de produtos com até 30% de desconto. A estratégia visa facilitar a vida dos pais que vão presentear e destaca produtos como miniveículos e motos elétricas que custam a partir de R$ 200. Além das motos que podem ser para os meninos e as meninas, a Americanas.com destacou em nota os tablets como o Monster High com tela de cristal líquido (LCD) de 7 polegadas, sistema operacional Android 4.1, que custa R$ 599.

Nas lojas físicas, a estratégia da Lojas Americanas para atrair o consumidor ao ponto de venda foi parcelar em 10 vezes sem juros nos cartões de crédito, brinquedos, bicicletas e games.

Mesmo com projeções, por vezes, menores que as operações de comércio eletrônico, lojas como a da Imaginarium, por exemplo, têm bom retorno com as vendas de Dia da Criança. Gilberto Carvalho, gerente de marketing da Imaginarium afirmou que a rede pretende crescer em 10% suas vendas na data. Questionado sobre o produto carro-chefe do período, o executivo mencionou os mais procurados nas lojas. "Para 2013 apostamos nas funções consagradas da marca Almofadas Mania e Massageadoras e os eletrônicos." Ainda segundo Carvalho, para a data não houve necessidade de aumentar seus estoques, uma vez que os pedidos de reposição preveem as datas sazonais. "Nosso planejamento já contempla os estoques para atender períodos sazonais, não há um aumento específico pra este mês das crianças", disse.

Já para a marca Malwee para Brasilerinhos, operação da marca Malwee apenas para o público infantil, as projeções estão bem otimistas. A rede, que tem 29 lojas próprias situadas nas regiões Sudeste e Nordeste, acredita que as vendas do período serão cerca de 30% maiores na comparação com o ano passado.

Rodrigo Fontoura Englert, gestor-geral de varejo da marca afirmou ao DCI que a marca está otimista e afirmou que seus estoques foram reforçados para a demanda maior do período. "Neste momento de presentear é necessário manter as lojas abastecidas para não haver rupturas de tamanhos e modelos. Estima-se um acréscimo de 50% nos estoques para atender a demanda", disse.

Ainda segundo Englert, os produtos mais elaborados serão os com maior venda. "Acreditamos que os produtos mais elaborados deverão ser a opção nesse momento especial do ano. A Zig Zig Zaa também tem opções muito interessantes de produtos que estimulam os cinco sentidos das crianças e que podem ser ótimos presentes."

Na Dafiti, empresa que acaba de receber aporte de R$ 160 milhões de um dos maiores fundos de investimentos do mundo, o canadense Ontario Teachers' Pension Plan (OTTP), a perspectiva, além de ampliar as vendas na data em específico, é que a categoria de produtos infantis cresça também em 2014. "Por questões estratégicas, a Dafiti não abre esses números. O que podemos afirmar é que pretendemos dobrar as vendas na categoria infantil no próximo ano", afirmou do Gabriel Porto, gerente de marketing on-line da empresa.

Ainda segundo Porto, para o Dia da Criança a Dafiti está apostando em artigos licenciados. "Estamos apostando muito em produtos licenciados, como Galinha Pintadinha, e em fantasias infantis."

Mas a data ainda não supera Dia dos Pais ou dos Namorados, por exemplo. "A Dafiti está crescendo bastante sua base infantil. Embora ainda não tenha superado as duas outras datas mencionadas, acreditamos no potencial dessa categoria. Este ano apostamos em um shooting exclusivo, com fotos produzidas e exclusivas. Também vamos apostar em campanhas com brindes."



Projeção de entidades é crescer até 6%

Considerada um termômetro para o Natal por alguns varejistas e uma data importante para o setor, o Dia da Criança deve apresentar vendas melhores do que o observado no ano passado.

De acordo com a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo (FCDlesp), a expectativa de vendas é um aumento de 6% ante 2012.

Para o presidente da entidade, Mauricio Stainoff, a data deve representar um aumento sólido no volume de vendas. "Mesmo com a grande participação dos eletrônicos, o tíquete médio não será alto, com estimativa de R$ 60 a R$ 100, tendo destaque os setores de brinquedos, jogos eletrônicos, tecnologia, seguidos por calçados e confecções", afirma o executivo.

Já no Rio de Janeiro, um crescimento de 5% nas vendas é aguardado pelos empresários, na comparação com o mesmo período do ano passado, conforme aponta pesquisa do Centro de Estudos do Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio).

De acordo com o levantamento, o ambiente no comércio é de otimismo, mostrando que 57,7% dos lojistas esperam um movimento melhor do que o apresentado no ano passado. A CDLRio prevê um tíquete médio de aproximadamente R$ 130.




Veículo: DCI


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