O consumo brasileiro teve retração em volume, de 2,6%, e crescimento em faturamento, de 1,9% (deflacionado), mantendo a tendência de crescimento dos últimos anos. Os dados são das Cestas da Nielsen.
Arlete Soares Corrêa, gerente de análises especiais, esclarece que o mercado passou por um período de preocupação para entender se o brasileiro, mais endividado e sentindo o reflexo da inflação, deixaria de consumir com a qualificação que o conquistou nos últimos tempos. "Ao avaliar o desempenho das Cestas Nielsen, percebemos que os segmentos de produtos de maior valor continuam apresentando desempenho superior aos demais, mas, para manter o orçamento, o consumidor busca lojas com preços mais competitivos", afirma.
De acordo com o levantamento, na busca por preço, o consumidor vem recorrendo ao canal Farma e ao Cash&Carry, popularmente conhecido como atacarejo, uma vez que, respectivamente, estão com 58% e 83% dos itens mais baratos quando comparado aos mesmos itens nas lojas de autosserviços. "O canal Farma tem sido impulsionado, primordialmente, pelas classes C1 e C2 e o atacarejo B2 e C1. Para atender a demanda, ambos apresentam um aumento no número de lojas e de sortimento", afirma.
Categorias como fraldas infantis, xampus, condicionadores e pães industrializados são exemplos da qualificação do consumo nas cestas de higiene e alimentos. Já a classe C continua impulsionando o gasto das famílias brasileiras.
Veículo: DCI