Pesquisa realizada pela Mintel mostra que o comprador brasileiro não resiste à tentação de uma promoção. Segundo o relatório Hábitos de Gastos do Consumidor, divulgado ontem detecta que o consumidor masculino, principalmente aquele entre 25 e 34 anos, é o mais interessado em promoções. Atualmente, quase a metade deles (43%) afirma que utiliza promoções em lojas como "compre um e leve dois". Em comparação, 29% das mulheres pertencentes à mesma faixa etária afirmam que usam o mesmo tipo de oferta.
"Promoções que proporcionam a sensação de economia ou vantagens no momento da compra tendem a ser mais atraentes para os homens do que aquelas que envolvam a participação, opinião, depoimento ou que têm diferentes etapas", diz explica Sheila Salina, analista sênior de Pesquisa da Mintel, no Brasil.
A pesquisa identifica que no mesmo grupo de homens jovens, 27% são mais propensos a entrar em uma loja que não frequentam, simplesmente pelo fato de terem um cupom promocional em mãos. O mesmo comportamento é observado em somente 17% das mulheres do mesmo grupo etário.
"Os homens jovens tendem a ser mais racionais na compra de itens ou serviços os quais eles não são os principais usuários ou não possuem uma forte identificação com a marca", afirma a analista.
O relatório Mintel revela que os consumidores mais jovens parecem ser os mais cuidadosos com dinheiro, já que quase um quarto (23%) dos homens e 20% das mulheres, entre 25 e 34 anos, admitem que se preocupam com o que gastam, checando seus extratos bancários e recibos regularmente, comparado com 18% do total da amostra da pesquisa.
Ao mesmo tempo que promoções são populares, preço também é indicador de qualidade para o consumidor, já que 72% deles relacionam produtos e serviços mais caros com bom posicionamento de qualidade. Entretanto, essa visão difere de acordo com o grupo socioeconômico analisado. Ao mesmo tempo que 65% dos brasileiros das classes AB concordam que preço é um indicador de qualidade, 75% dos representantes das C1/C2 e 73% das D/Es pensam da mesma forma.
"E a questão de que produtos com preço elevado podem ser percebidos como de melhor qualidade deve ser tratada pelas empresas de maneira clara. A companhias que explicam que os ingredientes de versões premium foram cuidadosamente elaborados conquistarão mais consumidores", diz Sheila.
Veículo: DCI