A aceleração no preço dos alimentos processados foi o principal impulso para a alta do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), calculado no âmbito do IGP-10. O subgrupo alimentos processados, que faz parte dos bens finais medidos pelo indicador, registrou avanço de 2,79% em outubro, ante 0,80% em setembro. Os bens finais tiveram variação de +0,70%, em outubro, ante -0,02% em setembro. O IPA passou de 1,46% em setembro para 1,48% em outubro.
Já entre os bens intermediários, todos os subgrupos pesquisados contribuíram para a desaceleração registrada no mês (1,12%, ante 1,87% em setembro). A principal influência veio dos materiais e componentes para a manufatura, com alta de 1,52%, contra 2,52% no mês anterior.
Entre as matérias-primas brutas, cuja taxa passou de 2,74% para 2,81%, contribuíram para a elevação do grupo os itens minério de ferro (1,96% para 5,99%), bovinos (-0,28% para 3,50%) e aves (6,45% para 8,72%). Na contramão, com taxas mais arrefecidas, destacaram-se os itens soja em grão (6,84% para 3,26%), laranja (22,92% para 7,36%) e café em grão (-2,73% para -8,27%).
No Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que acelerou de 0,22% em setembro para 0,33% em outubro, o principal impacto veio dos transportes. O grupo saiu de deflação de 0,18% para alta de 0,14%. Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos habitação (0,38% para 0,54%), vestuário (0,25% para 0,94%) e comunicação (0,03% para 0,31%).
Em contrapartida, os grupos educação, leitura e recreação (0,43% para 0,16%), alimentação (0,21% para 0,18%), despesas diversas (0,23% para 0,09%) e saúde e cuidados pessoais (0,41% para 0,40%) desaceleraram na passagem do mês, dentro do IPC.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em outubro, alta de 0,44%, acima do resultado do mês anterior, de 0,34%. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços avançou 0,93%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,71%. O índice que representa o custo da mão de obra ficou estável pelo segundo mês consecutivo.
Veículo: A Tarde - BA