A Natura revisou de R$ 450 milhões para R$ 550 milhões sua estimativa de investimentos neste ano. Em 2012, foram investidos R$ 436 milhões. Os principais projetos que consumirão os recursos são a ampliação da capacidade produtiva em Cajamar (SP), a instalação de uma fábrica de sabonetes no Pará, um novo centro de distribuição em São Paulo e evoluções em tecnologia da informação.
A receita da Natura subiu 5,4% no Brasil no terceiro trimestre, para R$ 1,46 bilhão, uma melhora em relação à taxa de 1,6% do primeiro semestre, mas ainda abaixo da inflação. A companhia vai continuar a acelerar gradualmente o crescimento das vendas no país ao longo dos próximos trimestres, disse ontem o vice-presidente de finanças da companhia, Roberto Pedote.
Há um ano, a Natura opera em Campinas (SP) um piloto de comércio eletrônico, com a participação de consultoras. Neste mês, o projeto foi ampliado para São José dos Campos (SP) e, em 2014, deve ser levado para outras regiões.
A receita consolidada da companhia cresceu 12% no terceiro trimestre, para R$ 1,77 bilhão. Segundo Pedote, o desempenho foi impulsionado por diversos fatores: maior produtividade (venda por consultora), o aumento dos investimentos em marketing, o lançamento da linha Sou (com preços mais baratos), uma campanha de Dia dos Pais bem sucedida e o crescimento de 39,5% das operações internacionais.
Ainda não há números do mercado de produtos de beleza do terceiro trimestre. Mas no primeiro semestre a Natura perdeu, embora continue liderando, 1,8 ponto percentual de participação de mercado, principalmente em cosméticos e fragrâncias, para 20,8%.
A Natura encerrou o terceiro trimestre com lucro de R$ 183,7 milhões, queda de 22,6% em relação a um ano antes. O resultado foi afetado pela marcação a mercado de derivativos utilizados para proteger a dívida em moeda estrangeira. Segundo a companhia, não fosse esse efeito, o lucro líquido do período teria crescido 4,5%.
A margem bruta caiu 0,3 ponto percentual no período, para 71,1%, puxada pela estratégia de promoções mais agressivas no Brasil.
Ao fim de setembro, a Natura tinha uma dívida líquida de R$ 1,4 bilhão, 63,6% maior do que a registrada um ano antes.
Veículo: Valor Econômico