Planejamento é a melhor ação para as vendas, indica Sebrae

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A quase um mês do Natal, principal data para o comércio varejista, a estimativa é de que o período de fim de ano seja bom e surpreenda as expectativas, já que os consumidores, segundo o Serasa Experian, estão renegociando suas dívidas e tendo novamente acesso ao crédito.

O consultor do Sebrae-SP, José Carmo Vieira de Oliveira, é taxativo e faz um alerta: "Quem quer vender mais precisa correr. A primeira parcela do 13º salário está para ser paga e o comerciante precisa atrair o consumidor para antecipar as compras de fim de ano. Esqueça aquele velho ditado popular que diz que brasileiro deixa tudo para última hora. Faça diferente e bole promoções para as pessoas comprarem agora", aconselha.

O tempo é curto, mas ainda dá tempo. A palavra chave é planejamento. O especialista em marketing do Sebrae-SP diz que, antes de mais nada, o empreendedor precisa fazer um check up do histórico de vendas. "Relembre o desempenho dos anos anteriores: quais foram os produtos mais procurados; o que encalhou; quais foram os horários de pico; como foi o preparo da loja; atendimento; quantos funcionários temporários contratou e se teve problema com troca de mercadorias".

Para reforçar a equipe, fazer um contrato com uma empresa de prestação de serviços de 90 dias e, se necessário, renovar por mais 90. Não deixar para cima da hora. O funcionário temporário deve ser treinado, tem que conhecer os produtos e a loja. A empresa que alocar o profissional precisa ter certidão de regularidade junto ao Ministério do Trabalho e esse empregado precisa ser registrado (CLT).

Outro ponto importante é aguçar os sentidos do consumidor: visão, tato, cheiro e paladar. A vitrine, independentemente do formato do negócio (rua, shopping ou e-commerce), precisa saltar aos olhos e convidar o cliente a entrar ou navegar, no caso da home page do site. "Fragrâncias agradáveis atraem frequentadores e tornam o ambiente mais gostoso. Tocar é uma necessidade da maioria, muitos gostam de mexer nas peças, provar e testar combinações e só depois efetuar a comprar. E, por fim, degustação. O cliente pode ser "fisgado pela boca" independentemente da área de atuação, mas, é claro, se o estabelecimento é voltado para alimentação é de bom tom oferecer pedacinhos do produto para prova. Agora, se o ramo é outro, porque não oferecer um bombom, pedaço de panetone, frutas secas ou café? Gentilezas fidelizam clientes", ensina Carmo.

A loja de rua deve investir no visual. Decorar o estabelecimento com enfeites natalinos; deixar os produtos expostos nos locais com maior tráfico de clientes; os artigos devem ficar na altura do olhar. O ideal é 1,60m, o que corresponde à média da estatura do brasileiro; investir na iluminação para o dia e para a noite. A luz certa favorece a mercadoria. A vitrine precisa ser bem iluminada e o reflexo do sol deve ser controlado.

Shopping


O lojista deve buscar um diferencial. Trazer mercadorias de outros estados e misturar com as peças que já costuma ter. Inovar na vitrine. Mesclar as peças tradicionais com as novas. Além disso, criar pontos focais, apostar na venda cruzada, oferecer mix de produtos, por exemplo: calça, blusa, sapato e bolsa ou, caso o ramo seja alimentação, bacalhau, azeite, azeitonas e vinho. O freguês é induzido a comprar os quatro. Traga essa estratégia para o seu modelo de negócio. As lojas são pequenas, no geral têm 60m2, então é preciso saber usar o pouco espaço existente.

E-commerce


A home page também precisa estar no clima festivo. Uma diagramação atrativa e especial para a data é fundamental. A navegação precisa ajudar o cliente a ter detalhes do produto.




Veículo: DCI


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