O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos (IqPR) pela Agropecuária Paulista encerrou o mês de outubro em alta de 0,73%, informa o Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. Os produtos que registraram as maiores altas foram: tomate para mesa (70,07%), laranja para mesa (16,20%), carne suína (14,99%) e banana nanica (14,75%). Seguem com alta, mas em menor escala: amendoim (5,50%), leite C (4,20%), leite B (3,61%), carne bovina (2,86%) e algodão (0,29%).
O fim das colheitas da safra do tomate, de meio de ano paulista, reduziu a oferta e, em resposta, acentuou os reajustes dos preços do produto, afirmam Danton Leonel de Camargo Bini e José Alberto Angelo, pesquisadores do IEA. No caso da laranja de mesa, a oferta reduzida de frutos e o aumento da demanda ocasionado pelos picos de calor já na primavera ascendem os preços recebidos pelos citricultores.
Para a carne suína, a redução da oferta global do produto desde o primeiro semestre, ocasionado principalmente pelo reajuste dos custos de produção, elevou também os preços da arroba do produto nas granjas paulistas.
Os produtos que apresentaram quedas mais expressivas de preços neste mês foram: ovos (9,44%), feijão (8,89%), café (8,34%), batata (5,14%), laranja para indústria (4,21%), milho (2,24%), carne de frango (1,89%), trigo (1,74%), soja (1,11%). Com menores variações aparecem arroz (0,68%) e cana de açúcar (0,02%).
O aumento da oferta de ovos, quando as galinhas passam a produzir mais ovos nos dias quentes da primavera em setembro, reduziu os preços aos granjeiros. No caso do feijão, o recuo das cotações acontece com a boa colheita da safra de inverno. O mesmo acontece para a batata, cuja queda nos preços é decorrente da boa oferta do produto neste final de safra em outubro, com a produção normalizada depois da quebra verificada no período de maio a julho, devido a problemas climáticos.
As cotações da saca de café no Estado de São Paulo acompanharam as quedas observadas no mercado internacional. Em um ano, na Bolsa de Nova York, por exemplo, o contrato de café arábico exibiu queda de 32%, enquanto para o contrato de café robusta, negociado na Bolsa de Londres, a baixa alcançou em torno de 25%. Os operadores (especuladores e hedgers) internacionais consideram que as condições de suprimento de café para 2014 e parte de 2015 bastante favoráveis, tendo em vista o ciclo de alta da produção brasileira, a recuperação da oferta colombiana e o recorde de colheita no Vietnã.
Veículo: Diário do Comércio - MG