A Colgate-Palmolive informou ontem que seu lucro no quarto trimestre avançou e disse estar "confortável" com as projeções dos analistas quanto ao crescimento dos ganhos este ano. O lucro líquido aumentou 20%, para US$ 497 milhões, frente a US$ 414,9 milhões no mesmo período do ano anterior, informou ontem a companhia, com sede em Nova York.
O principal executivo da empresa, Ian Cook, informou em um comunicado que as margens de lucro em 2009 irão se ampliar frente ao ano passado, porque os preços em declínio das commodities e do petróleo deverão equilibrar os efeitos do dólar mais forte. No comunicado, a empresa afirmou que o crescimento das vendas na América Latina - puxado principalmente por Brasil, México, Venezuela, Colômbia e Argentina -. ajudou a elevar os ganhos no trimestre. As vendas na região cresceram 5,5% e o volume de produção 5%.
A fabricante do desodorante Speed Stick aumentou os preços no ano passado a fim de enfrentar os custos mais elevados pelas matérias-primas. "A concorrência no mercado local da Colgate, em particular na América Latina, ou não existe ou não é muito forte", disse William Schmitz, analista do Deutsche Bank, em nota aos investidores. "Isso combinado com o continuou recuo nos insumos e as iniciativas de redução de despesas da companhia deverão ajudar a equilibrar em parte a turbulência monetária", afirmou.
No comunicado, a Colgate afirmou que a participação da empresa globalmente no mercado de pasta de dentes alcançou 44,8%, o mais alto da história. Segundo a empresa, essa participação recorde foi puxada por ganhos nos Estados Unidos, México, Brasil, Venezuela, Colômbia, China, Rússia, Alemanha e Austrália.
As ações da Colgate avançaram US$ 2,49, ou 3,9%, para US$ 66,34, na Bolsa de Nova York. Os papéis da companhia recuaram 12% no ano passado. A receita no trimestre avançou 0,6% para US$ 3,66 bilhões.
A Colgate obtém cerca de 80% das vendas fora da América do Norte , onde os consumidores compram produtos de uso pessoal à medida que seu nível de vida melhora. As vendas na América do Norte aumentaram 1%. A receita proveniente da Ásia avançou 1%. As vendas na Europa declinaram 13%, afetadas por um menor número de aumentos de preço e pelo impacto negativo das conversões em moeda estrangeira.
Veículo: Gazeta Mercantil