Após três anos de preparação, a Casas Bahia, maior rede de eletroeletrônicos do País, inaugura seu portal de vendas na internet, com investimentos de R$ 3,7 milhões. O início é modesto perto dos gigantes que já dominam o varejo on-line e, principalmente, perto do potencial da varejista. O portal vai comercializar cerca de 4 mil itens de produtos em 13 categorias. A B2W, proprietária dos portais Lojas Americanas, Submarino e Shoptime, por exemplo, vende cerca de 700 mil produtos em 30 categorias.
Mas os planos de Michael Klein são ambiciosos. A loja 5.000 (www.casasbahia.com.br) - número fictício que lembra um sonho ainda distante da rede, que, afinal, tem 535 unidades - entrou no ar após uma estratégia meticulosa de aproximar os clientes da rede, os mesmos consumidores que estavam habituados ao tradicional carnê, do e-commerce. Inicialmente, a rede começou com a venda de computadores a preços e condições de pagamento populares - só no ano passado, foram comercializados 538 mil computadores, com prazos de pagamento até 24 vezes no cartão -, e num segundo momento a empresa realizou uma das maiores migrações de carteira já realizadas no varejo brasileiro: desde 2005, 5,7 milhões de cartões private label foram emitidos com base em clientes do banco de dados da empresa.
A Casas Bahia, que espera ao menos empatar neste ano com o faturamento de 2008, de R$ 13,7 bilhões, prevê receita de R$ 280 milhões com as vendas pela internet.
Veículo: Gazeta Mercantil