Um ano depois de finalizada a segunda rodada dos leilões de concessão de estradas para a iniciativa privada, dois dos sete lotes licitados ainda não cobram pedágio - os cinco que cobram não estão com todas praças prontas. O prazo estabelecido em contrato era de até seis meses para as empresas colocarem estradas em condições mínimas de circulação e começarem a cobrar pelos serviços.
Os sete lotes federais cortam os estados de Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina, no Corredor do Mercosul e tem duas das principais rodovias, a Régis Bittencourt, entre São Paulo e Curitiba e a Fernão Dias, que liga a capital paulista a Belo Horizonte. Nestas estradas, poucas praças estão concluídas e na Rodovia do Aço que fica na BR-116/Via Dutra e a Autopista Litoral Sul que fica na BR-376/PR - BR-101/SC não existe nenhuma praça concluída. A assessoria da Agência Nacional de Transportes (ANTT) não quis se manifestar sobre o assunto.
Mesmo sem a conclusão das rodovias já licitadas, o governo federal leiloou, no mês passado, mais 680 km de estradas na Bahia, na BR-324 entre Salvador a Feira de Santana e na BR-116 entre Feira de Santana e o limite com Minas Gerais. A tarifa-teto foi no valor de R$ 2,80. Para o professor do Departamento de Engenheira Civil e Ambiental da Universidade de Brasília, Joaquim Aragão, quem sai prejudicado com a falta de praças de pedágio nessas rodovias é a concessionária.
Veículo: Gazeta Mercantil