O Wal-Mart, maior rede mundial de varejo, registrou uma queda de 7,33% em seu lucro líquido do quarto trimestre fiscal - encerrado em 31 de janeiro - que chegou a US$ 3,79 bilhões, contra US$ 4,01 verificado no mesmo período do ano anterior. A queda foi inferior ao que estimavam os analistas do setor, depois que descontos em produtos e medicamentos atraíram consumidores.
Excluindo-se os custos decorrentes de um acordo legal, os lucros sobre as operações contínuas foram de US$ 1,03, acima da média das estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg, que foi de US$ 0,99.
Mike Duke assumiu o posto de principal executivo da companhia no dia 1 de fevereiro em um momento em que consumidores, afetados pela maior taxa de desemprego no Estados Unidos em 16 anos, foram atrás dos descontos sobre os produtos de alimentação da Wal-Mart e dos medicamentos vendidos a US$ 4. Os gêneros alimentícios, que respondem por cerca de 40% da receita da rede, foram os mais procurados, ao passo que as vedas de produtos menos essenciais como itens de vestuário foram reduzidas.
"A existência de uma empresa cujo desempenho mostrou-se acima de nossas expectativas é algo muito bom na atual conjuntura", defendeu Jason Pride, diretor de pesquisa da Haverford Trust. A companhia administra US$ 5,5 bilhões, incluindo 881.205 ações da Wal-Mart até dezembro. "Esta é realmente uma história de força e estabilidade." As vendas líquidas cresceram 1,7%, chegando a US$ 108 bilhões. A rede espera para o novo ano fiscal lucro de US$ 0,72 a US$ 0,77 por ação no 1º trimestre, e um lucro anual entre US$ 3,45 e US$ 3,60. Analistas estimam US$ 0,77 por ação para o primeiro trimestre e US$ 3,57 para o ano.
Veículo: Gazeta Mercantil