Klabin investe em sistema para extrair óleo de casca de madeira

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Em busca da autossuficiência energética, a Klabin investiu R$ 20 milhões na implantação de um novo sistema para produzir um óleo combustível a partir das cascas das árvores de pinus em sua Unidade Monte Alegre, em Telêmaco Borba (PR). O aporte incluiu aquisição de dois tanques de 3,6 mil m para fazer a separação do subproduto, denominado tall oil. Com isso, uma das maiores produtoras e exportadoras de papéis do Brasil vai economizar 430 toneladas de óleo combustível por mês. Ao preço de hoje, em torno de R$ 600 por tonelada, isso representa uma redução de R$ 258 mil mensais.

 

Além disso, a Klabin estima uma redução na emissão de 256 mil toneladas por ano. Assim, a papeleira - que já fez duas vendas de crédito de carbono no mercado internacional, uma de 29,5 mil toneladas em 2007 e outra de 87 mil toneladas em 2008 - já planeja novas vendas futuras. "Ao todo, com os diversos projetos de redução de emissão, a Klabin tem potencial estimado de venda entre 60 a 100 mil toneladas de , mas ainda estamos validando e deve levar mais um ano", diz gerente corporativo de meio ambiente, Júlio César Nogueira.

 

Com todos os investimentos, iniciados na década de 1980, a Klabin já contabiliza o uso de energias renováveis em 99% dos casos. "Chegamos a um limite técnico e agora buscamos tecnologias como estas para superar esses 1% que faltam", explica Marcelo Gasparim, gerente de recuperação de subprodutos e utilidades da Klabin.

 

Com o projeto, que tem conclusão prevista para o segundo semestre deste ano, a Klabin passa a ser a única empresa do setor de papel e celulose a fabricar o tall oil, que será usado para geração de energia elétrica, e também pode ser comercializado para ser usado na fabricação de breu, colas especiais e na indústria de sabões, esmaltes e tintas, entre outras aplicações.Reconhecida internacionalmente como fábrica ecológica, a Unidade Monte Alegre da Klabin já se destaca na produção de energia a partir da utilização de biomassa proveniente de madeira. As melhorias vem sendo obtidas após os investimentos no projeto conhecido como MA 1100, que consumiu investimentos de R$ 2,2 bilhões para elevar a capacidade da Unidade Monte Alegre de 700 mil toneladas de papéis por ano para 1,1 milhão de toneladas/ano e amplia a capacidade total da empresa de 1,6 milhão para 2 milhões de toneladas/ano de papéis para embalagens.

 

A fábrica também faz uso do metanol e do lodo obtido a partir do tratamento de efluentes como combustíveis alternativos e possui as mais importantes certificações relacionadas à qualidade, meio ambiente e sustentabilidade. As florestas e a cadeia de custódia de produção de papéis são totalmente certificadas pelo FSC (Forest Stewardship Council), o Conselho de Manejo Florestal. A fábrica possui os selos ISO 9001 (qualidade), ISO 14001 (meio ambiente). Tem também a ISO 22000 (sistema de gestão para segurança de alimentos).

 

Veículo: Gazeta Mercantil


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