De acordo com o Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal), houve retração de 0,9% em setembro de 2015 na atividade produtiva do País, já descontados os efeitos sazonais.
Assim, o terceiro trimestre do ano fechou com recuo de 1,3% na atividade produtiva.
Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, a atividade econômica recuou 4,0% neste ano. Dessa forma, a variação negativa acumulada na produção nacional atingiu 2,7% nos nove meses de 2015, segundo divulgação da Serasa Experian.
Segundo economistas da entidade, os principais motivos deste resultado são: a deterioração dos níveis de confiança de consumidores e empresários; as dúvidas quanto à implantação de um ajuste fiscal crível; e os impactos da atual política monetária restritiva para combater a inflação.
Pelo lado da oferta agregada, o setor agropecuário encerrou o período acumulando alta de 2,3% perante aos nove meses do ano passado.
Por outro lado, de janeiro a setembro de 2015, a atividade industrial somou retração de 5,9% e o setor de serviços queda de 1,4%, comparativamente a igual período de 2014.
Do ponto de vista da demanda agregada, a retração no período foi determinada pela retração de 12,5% dos investimentos produtivos.
Também o consumo das famílias e o consumo do governo, com recuos de 2,7% e de 1,3% no acumulado do ano até setembro, respectivamente, contribuíram para agravar ainda mais o quadro recessivo deste ano. Por outro lado, o setor externo com exportações avançando 3,6% e importações recuando 12,4%, impediram uma retração ainda mais intensa da atividade econômica.
Previsão
Também referente ao PIB, o Relatório de Mercado Focus trouxe mudanças mais amenas para a atividades esta semana.
De acordo com o documento divulgado ontem pelo Banco Central (BC), para 2015, a perspectiva do mercado para contração seguiu com o equivalente a 3,10%, ante queda de 3,00% no mês passado
Segundo o IBGE, o PIB brasileiro caiu 2,6% no segundo trimestre deste ano na comparação com o primeiro e 1,9% ante mesmo período de 2014.
No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro, o BC revisou de -1,1% para -2,7% a estimativa de retração econômica para este ano.
E a perspectiva de retração da economia do ano que vem passou de 1,90% para 2,00%.
Já a mediana das projeções para o IPCA do ano que vem, segundo o Focus, chegou ao teto da meta e está em 6,50%.
O BC já avisou não mirar mais 2016, mas, sim, 2017 em sua tarefa de levar a inflação para o centro da meta.
Para 2015, a mediana avançou de 9,99% para 10,04%, atingindo, pela primeira vez, a marca de dois dígitos. Esta é a nona semana consecutiva de alta das estimativas para esta variável no Focus.
Veículo: Jornal DCI