Em um dos piores momentos para o comércio brasileiro, os empresários do ramo fecharam, nos nove primeiros meses de 2015, 60,8 mil vagas. O número representa 30 mil vagas a mais do que o verificado no mesmo período de 2014, revelou ontem a Fecomercio-SP.
Em setembro, detalhava a pesquisa mensal da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), foram encerradas 7.968 vagas. Ao todo, foram registradas 76.362 admissões frente a 84.330 desligamentos. O estoque de empregos formais foi de 2.129.622 no período analisado. O resultado apontou saldo 0,4% menor que o verificado em agosto deste ano.
De acordo com a entidade, o cenário do emprego no varejo tem se agravado e, desde maio, o estoque de trabalhadores está abaixo da quantidade registrada em 2014.
Em agosto, a queda interanual era de 1,3% e, em setembro, acelerou para menos 1,8%. O número de pessoas contratadas revela outro agravante. A quantidade de admissões em setembro foi de 76.362 mil trabalhadores. No entanto, o resultado é o menor registrado desde abril de 2009.
Agravante
Das nove atividades analisadas pela Fecomercio-SP, sete registraram eliminação de vagas em setembro em relação ao mesmo mês do ano anterior, sendo que as quedas mais expressivas da ocupação formal, mais uma vez, foram observadas nos segmentos de concessionárias de veículos (-7,5%) e lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos (-5%).
Apenas os setores de farmácias e perfumarias e de supermercados, tiveram uma aumento nas vendas, e aumento dos empregos frente a setembro do ano passado, ficando em 2,7% e 1,3%, respectivamente. Em setembro a taxa de rotatividade foi de quase 4%. Nos últimos 12 meses, a média foi de 50%. "O custo de contratar ou desligar funcionários é alto, por isso a FecomercioSP defende a flexibilização das relações trabalhista", relatou a entidade em comunicado.
Veículo: Jornal DCI