Pesquisa do Fecomércio foi divulgada nesta quarta-feira (25). Ainda assim, consumidor paraibano continua pessimista.
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) na Região Metropolitana de João Pessoa teve uma leve alta de 0,57% em novembro, atingindo 95,58 pontos, segundo dados divulgados pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas Econômicas e Sociais da Paraíba (IFEP) nesta quarta-feira (25). A comparação é feita em relação ao mês passado, quando o índice registrou 95,04 pontos.
Apesar deste aumento, o índice ainda se encontra abaixo dos cem pontos, que representa a fronteira entre o pessimismo (abaixo de cem) e o otimismo (acima de cem) em relação à situação econômica a curto e médio prazo, numa escala que varia de 0 a 200.
Para o presidente da Fecomércio Paraíba, Marconi Medeiros, diversos fatores contribuíram para o crescimento da confiança do consumidor neste mês. “O resultado do índice neste mês pode ser atribuído, em parte, à festa natalina, o pagamento da segunda parcela do décimo terceiro salário e o surgimento de empregos temporários nesta época do ano”, declarou.
Na análise por gênero, o aumento da confiança foi maior entre os homens, com expansão de 0,9%, enquanto as mulheres registraram aumento de 0,35%. Em relação ao estado civil, os casados ou em união estável apresentaram a maior alta, com 0,86%. Por escolaridade, consumidores que possuem ensino superior completo estão mais confiantes, com uma expansão de 0,39%, e por renda, a maior expansão (1,35%) foi registrada entre aqueles que possuem rendimentos entre três e quatro salários mínimos.
A alta registrada na comparação entre outubro e novembro de 2015 foi puxada pela expansão de 1,95% no Índice de Expectativa do Consumidor (IEC), que mede o sentimento do consumidor em relação à sua situação futura. Neste indicador, o percentual de entrevistados que avaliaram como “melhor” a situação futura subiu de 34,54% em outubro para 47,79% em novembro, enquanto os que avaliaram como “pior” caiu de 27,58% para 24,68%.
Já o Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA), que mede a confiança em relação à situação atual, apresentou uma retração de 1,25%. Os que avaliaram como “melhor” a atual situação familiar caiu de 18,45% para 18,01%, enquanto os que classificaram como “pior” subiu de 44,64% para 46,21% na comparação de outubro para novembro de 2015.
Em relação à estabilidade de seus empregos, a parcela de entrevistados que se sentem “seguros” ou “extremamente seguros” caiu de 31,42% em outubro para 30,99% em novembro, enquanto o percentual que se sentem “nada seguros” ou “um pouco seguro” subiu de 50,64% para 54,38%.
Na comparação anual, o ICC registrou retração de 14,69% em relação a novembro de 2014, quando foi registrado um otimismo de 112,04 pontos, e no acumulado do ano, a redução foi de 15%.
“Dentre os fatores que influenciaram negativamente o resultado na comparação anual estão a queda na renda real do trabalhador, aumento do desemprego, crédito ao consumidor mais caro e restrito e taxas de juros e de inflação em patamares elevados”, declarou Marconi Medeiros.
Veículo: Portal G1