O preço líquido pago pelo litro de leite em Minas Gerais em dezembro, referente à produção entregue em novembro, recuou 0,74% com o produto negociado em média a R$ 0,99. De acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a queda no valor se deve à retomada das chuvas e à recomposição das pastagens, o que amplia a produtividade do rebanho e, consequentemente, a captação do leite.
Considerando a média Brasil, que leva em conta os resultados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraná, Goiás, Bahia e Santa Catarina, de outubro para novembro, o Índice de Captação de Leite do Cepea (Icap-L/Cepea) aumentou 0,41%. No período, os preços seguiram estáveis, com ligeiro recuo de 0,03% sobre novembro e o litro negociado a R$ 0,967 por litro. Com isso, em termos reais, descontando a inflação, o preço médio líquido de 2015, calculado pelo Cepea em R$ 0,952, é o menor dos últimos cinco anos.
Em Minas Gerais, dentre as regiões pesquisadas, apenas no Rio Doce foi verificada alta nos valores. O preço líquido ficou em R$ 1,03 e o bruto em R$ 1,14, aumento de 0,19% e 0,11%, respectivamente.
A Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) encerrou dezembro com o preço líquido médio do leite retraindo 0,06%, com a cotação chegando a R$ 0,98. O valor bruto, R$ 1,08, caiu 0,23%.
Retração também na Zona da Mata. O valor líquido do litro de leite diminuiu 0,74%, com o produto negociado a R$ 0,87. Já o preço bruto, R$ 0,96, ficou 0,22% maior. No Triângulo e Alto Paranaíba, os pecuaristas receberam 1,17% a menos pela comercialização do leite, uma vez que o preço líquido ficou em R$ 1,05. O preço bruto retraiu 1,10%, com o produto avaliado em R$ 1,14.
O preço líquido médio do leite retraiu 2,01% na região Sul e Sudoeste, com a cotação chegando a R$ 0,92. O valor bruto, R$ 1,00, caiu 1,79%.
Para janeiro de 2016, a maioria dos entrevistados pelo Cepea (62,1%), que representam 67,2% do leite amostrado, já espera estabilidade nos preços. Outros 34,5%, que representam 31,9% do volume amostrado de leite, acreditam em queda e apenas 3,4%, que representa 0,9% do volume da amostra, acreditam em alta.
Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG