A cesta básica para quem mora em Curitiba custou R$ 398,46, em janeiro, de acordo com o levantamento divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) nesta terça-feira (16).
A alta, em relação a dezembro, foi de 1,71% e configurou como a menor registrada no país.
De acordo com o estudo, houve aumento de preço nos alimentos considerados essenciais em todas as capitais do Brasil. O reajuste mais significativo foi sentido pelos moradores de Goiânia, onde a alta foi de 15,75%.
Quando se analisa o custo da alimentação básica para uma família, composta por um casal e duas crianças, o gasto passa para R$ 1.195,38.
O tomate voltou a aparecer no topo da lista dos produtos que tiveram a maior variação de preço em janeiro. O custo subiu 28,1%, de acordo com o Dieese. O preço do quilo da batata subiu 11,3%. Quatro produtos ficaram mais baratos: banana, arroz, carne e manteiga.
Veja a variação do preço dos 13 itens pesquisados
- tomate: 28,10%
- batata: 11,30%
- açúcar: 8,43%
- farinha: 6,91%
- feijão: 6,12%
- leite: 3,13%
- óleo de soja: 2,12%
- pão: 1,15%
- café: 0,76%.
- banana: -14,73%
- arroz: -7,09%
- carne: -2,44%
- manteiga: -2,22%
O economista do Dieese Fabiano Camargo da Silva afirma que a redução do preço da carne e da banana explica, em parte, Curitiba ter tido a menor variação do país. Além da redução significativa, o preço da banana aumentou em 22 capitais; o carne em 20 capitais.
“A carne e a banana tiveram uma tendência inversa do que aconteceu em outras capitais. Na maioria as capitais, teve um aumento tanto da carne quanto da banana. (...) A carne, a banana e também o arroz acabaram reduzindo o ritmo do aumento”. Silva ainda afirma que estes são itens que peso considerável na composição do custo da cesta básica
Conforme o Dieese, em Curitiba, é necessário 1,36 salário mínimo para custear apenas os gastos com alimentação de uma família. Em geral, para que fossem supridas as despesas de um trabalhador e da família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o salário mínimo vigente no país deveria ser de R$ 3.795,24.
Veículo: Portal G1