O desemprego em seis regiões metropolitanas do Brasil, em janeiro, de 7,6%, foi o maior para o mês desde 2009. E os salários reais recuaram - na comparação com dezembro e igual período de 2015.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o rendimento médio real habitual dos trabalhadores (de R$ 2.242,90) no mês passado caiu 1,3% em relação a dezembro (de R$ 2.273,44) e 7,4% contra janeiro de 2015 (R$ 2.421,51). Da mesma forma, a massa de rendimento médio real habitual (R$ 52,1 bilhões) apresentou retração de 2,5% contra dezembro, e de 10,4% na comparação anual.
Na avaliação do professor da PUC-SP Antonio Carlos Alves dos Santos, como o desemprego avançou, o poder de barganha para aumento salarial e na oferta de uma vaga diminuiu, o que leva a um efeito negativo na qualidade de vida da população da classe média para a mais pobre.
Os especialistas esperavam uma taxa de desemprego maior para este começo de ano - em torno de 8%. "Usando o ajuste sazonal, a taxa recuou de 8,1% para 7,8%", apontou Rodrigo Miyamoto, economista do Itaú Unibanco, em nota.
Porém, a tendência ainda é a piora do mercado de trabalho - com a atividade econômica fraca -, o que levará a taxa de desemprego à casa dos dois dígitos no fechamento de 2016. Os dados divulgados ontem pelo IBGE mostram que a crise econômica continua penalizando muito o emprego.
Veículo: Jornal DCI