A indústria têxtil brasileira elevou em cerca de 50% os investimentos do ano passado, para aproximadamente US$ R$ 1,5 bilhão, informou o presidente do Sindicato da Indústria Têxtil do Estado de São Paulo (Sinditêxtil-SP), Rafael Cervone. Nos últimos 10 anos os desembolsos somaram US$ 10 bilhões. De acordo com Cervone, em uma pesquisa entre os associados questionando qual a estratégia para superar a crise, 92% dos entrevistados responderam que buscavam como alternativa o lançamento de produtos inovadores, mostrando o foco de interesse das empresas.
Cervone disse que o cliente externo não quer comprar no País produtos inspirados no exterior, e sim produtos diferenciados, que reflitam o estilo de vida brasileiro. "É o efeito Havaianas", afirmou referindo-se à sandália de borracha que virou grife e alcança preços expressivos no exterior.Para Cervone, o País tem algumas vantagens que permitem se sobressair em meio à crise, uma delas a de ser o terceiro maior produtor mundial de algodão, e ter o algodão orgânico que destaca o País em sustentabilidade. "O Brasil já aparece como referência de sustentabilidade", afirmou o presidente do Sinditêxtil. O executivo informou, entretanto, que parte dos equipamentos para o setor precisam ser importados.
Segundo o executivo, nos próximos 15 a 20 anos veremos uma revolução na indústria têxtil, como biquínis que deixarão passar os raios ultravioleta e acabarão com as marcas brancas, ou roupas que medem a pulsação e o índice de glicemia. A entidade está formando um grupo de inovação para fomentar o desenvolvimento de produtos
Veículo: Gazeta Mercantil