O presidente da Souza Cruz do Brasil, Dante Letti, afirmou que a empresa poderá registrar crescimento na participação de mercado neste ano sobretudo em decorrência da coibição de produtos ilegais. "A Souza Cruz possui 62% do mercado nacional de cigarros; o mercado ilegal compreendido pelo contrabando e pela comercialização sem o pagamento de tributos, representa cerca de 28%. A continuidade por parte do governo de combate ao comercio ilegal e contrabandos do Paraguai significa bom aumento da nossa participação", afirmou Letti ontem em almoço-palestra na Câmara Britânica.
Letti disse que não é possível fazer projeções em relação a este crescimento já que a economia passa por momento crítico com a crise internacional. "As atitudes tomadas pelo governo até agora, como a redução da taxa juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom), têm sido adequadas. Com isso esperamos que as medidas levem a crescimento econômico nacional razoável. A política econômica do governo e a coibição da ilegalidade contribuirão para que tenhamos crescimento neste ano", afirmou Letti.
A Souza Cruz fechou 2008 com aumento de 1,2 ponto percentual em participação de vendas em relação a 2007. O volume de cigarros comercializados em 2008 pela companhia foi de 78,6 bilhões, praticamente em linha com os 78,8 bilhões vendidos no ano 2007.
O executivo ressaltou que esse desempenho deve ser considerado excelente dado o crescimento no preço médio dos cigarros em cerca de 11% para compensar o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 2007, e a queda de 2,3% do mercado total brasileiro de cigarros em 2008.
Equilíbrio. O executivo explicou que o importante para a companhia é o equilíbrio entre a participação de mercado da Souza Cruz e o crescimento de rentabilidade.
"Em função da crise, temos que ter certo cuidado para não focar demais no crescimento da participação em prejuízo da rentabilidade. O momento dá-nos a sensação de que poderemos crescer em participação e continuar levando boa rentabilidade aos nossos acionistas", acrescentou ele.
As exportações de fumo em 2008 totalizaram 127,8 mil toneladas, 5,6% superiores àquelas realizadas em 2007 (121,0 mil toneladas). Letti afirmou que contribuíram para este crescimento das vendas externas a demanda mundial pelo excelente fumo brasileiro e o esforço contínuo da Souza Cruz na busca por melhores resultados.
Veículo: Jornal do Commercio - RJ