Varejo pode recuar 6% no semestre

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O comércio varejista do Estado de São Paulo pode ter queda acumulada ao redor de 6% nos primeiros seis meses de 2016. A estimativa é da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), após divulgar um início de ano fraco.

A entidade apurou que o setor registrou em janeiro faturamento real de R$ 44,1 bilhões, uma queda de 4,7% com relação ao mesmo mês do ano passado. Para a FecomercioSP, diante das incertezas econômicas e políticas tudo indica que o varejo, no primeiro semestre deste ano, prosseguirá sentindo os impactos negativos do baixo grau de confiança dos consumidores e de empresários.

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, houve neste início de ano piora no quadro econômico, com inflação alta, desaceleração acentuada nas vendas, alta de juros e piora nos indicadores de emprego e elevação da inadimplência. Além disso, houve agravamento da crise política, que inviabiliza a discussão e a adoção de medidas que possam tirar o país de uma das crises mais graves de sua história.

Regiões e atividades

Entre as 16 regiões analisadas pela Federação, apenas o Litoral paulista (8,3%) e Marília (1,3%) registraram crescimento em janeiro. Osasco (-12,6%) a que registrou o pior desempenho. Já entre as nove atividades analisadas no estado, sete apresentaram queda das vendas em janeiro, com destaques para: materiais de construção (-20,6%), concessionárias de veículos (-16,4%), outras atividades (-11%) e lojas de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento (-9,7%).

Na Capital, o varejo registrou queda de 2,1% em janeiro, se comparado ao mesmo mês de 2015, ao fechar o mês com faturamento real de R$ 13,5 bilhões. Apesar da retração da capital ser menos acentuada do que a registrada no Estado, ela representa redução de mais de R$ 300 milhões em relação às vendas de janeiro de 2015.

Na região, entre as atividades com crescimento em janeiro estão farmácias e perfumarias (9,4%), supermercados (5,5%) e lojas de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento (0,2%). Esses foram os segmentos que ajudaram o setor.

 



Veículo: Jornal DCI


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