A produção de açúcar do Brasil deverá subir 12% na safra 2016/17, para 37,51 milhões de toneladas, disse ontem a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em sua primeira projeção para a próxima temporada, que deverá ter um recorde na produção nacional de cana.
A colheita de cana deverá atingir 690,98 milhões de toneladas, alta anual de 3,8%, segundo a Conab. Na mesma comparação, a produção de etanol do país deverá cair 0,4%, para 30,34 bilhões de litros, informou a Conab.
A área de cana-de-açúcar destinada à atividade sucroalcooleira colhida no Brasil na safra 2016/17 deverá ser de um recorde de 9,07 milhões de hectares, alta de 5,4% ante a temporada passada. Segundo a Conab, isso é "resultado da cana bisada da safra 2015/16, aumento de área própria de algumas unidades de produção e reativação de unidade paulista".
Esse aumento na produção deverá ser praticamente todo destinado à fabricação de açúcar, cujos preços domésticos têm se fortalecido com a escalada do dólar desde o ano passado, ao passo que o consumo de combustíveis no Brasil permanecerá estável em 2016 em meio à crise econômica.
Mais açúcar em SP
Em São Paulo, principal Estado de cultivo de cana, "o forte desempenho do mercado de açúcar e as especiais condições logísticas estaduais deverão incentivar forte aumento na produção paulista de açúcar", exemplificou a Conab.
Para o centro-sul, região que representa 90 por cento da safra nacional, a Conab estimou uma moagem de cana de 637,7 milhões de toneladas em 2016/17, alta anual de 3,4%.
A produção de açúcar da região deverá subir 11,2%, para 34,32 milhões de toneladas. Já a fabricação de etanol cairá 0,1%, para 28,43 bilhões de litros.
Veículo: Jornal DCI